Siga-nos

OiCanadá

Turismo

Royal Ontario Museum: Cultura e história do mundo em um só lugar

O Royal Ontario Museum, ou ROM como é popularmente conhecido, é um dos maiores museus do Canadá, com mais de seis milhões de peças e 40 galerias. Em 2012, o local celebrou o centenário da sua construção, iniciada em 1912. Foi aberto oficialmente dois anos mais tarde, e passou por diversas reformas e expansões, como o cristal que está situado logo na entrada e foi finalizado há cinco anos.

Com a experiência de quem já visitou o ROM diversas vezes, confesso que é preciso reservar mais de um dia para conhecer o local. Dividido em vários níveis, o lugar é um convite para conhecer a história da melhor forma possível, tendo contato com réplicas e peças originais de culturas diferentes.

Uma das galerias mais impressionantes é a dos fósseis de dinossauros. Por isso, uma boa dica é conhecê-la logo de cara, deixando o Nível 1 (situado no térreo) para o final da visita.

A Galeria dos Dinossauros, no Nível 2 do museu, expõe uma série de esqueletos dos maiores dinossauros que existiram na Terra, como os Barosauros. A sala fica próxima da Reed Gallery of the Age of Mammals, que resgata através de fósseis as diversas espécies de mamíferos que viveram na era glacial. Os destaques são o hyracotherium (criatura parecida com um cavalo, do tamanho de um cachorro e que viveu no Hemisfério Norte há 50 milhões de anos) e algumas espécies de mamíferos que viveram em Ontário.

Interatividade no museu

É também no Nível 2 que estão as atrações mais interativas do museu, como a Gallery of Birds, uma coleção de réplicas de centenas de pássaros, onde é possível tocar nos ovos e observar ninhos de diversas espécies. Perto dali esta a Bat Cave, uma cópia perfeita de uma caverna jamaicana, com inúmeros morcegos mecânicos que se movimentam e emitem som. É um dos lugares prediletos das crianças, e com certeza um dos grandes destaques do ROM. A caverna passou por uma renovação em 2010, e tornou-se ainda maior e mais emocionante.

Uma outra seção muito interessante é a Gallery of Hands-On, onde o visitante pode testar diversos equipamentos usados pelos pesquisadores na exploração da biodiversidade. Entre as atrações estão alguns animais empalhados, gavetas cheias de insetos e vitrines com animais que se movem, dando a impressão de serem reais.

Na Life in Crisis Gallery, estão diversas réplicas de animais em extinção, como o rinoceronte branco, o panda gigante e a tartaruga de casco de couro. Recentemente, essa seção foi premiada pela Associação de Designers de Interiores de Ontário. No Earth Rangers Studio (uma espécie de estúdio de guarda florestal, aberto de terça-feira a sábado), instrutores dão explicações sobre diversos animais.

O Teck Suite of Galleries: Earth’s Treasure é onde estão expostos uma série de minerais, pedras preciosas e alguns tipos de meteoritos de todas as cores e tamanhos. Essa área é realmente impressionante, devido a algumas raridades como o Tagish Lake Meteorite (um tipo raro de meteorito que contém um dos mais velhos e primitivos materiais orgânicos relacionados com a formação do sistema solar).

Um aula de história

É impressionante o quanto aprendemos visitando o ROM. No Nível 3 do museu encontra-se a Gallery of Africa: Egypt, onde estão situadas as múmias, entre elas a Djedmaatesankh. Existe uma hipótese de que a pessoa tenha morrido há mais de 3 mil anos em decorrência de uma dor de dente. Há também raros objetos, como um busto da rainha Cleópatra, todo feito de granito.

Outros destaques no Nível 3 são a Gallery of Rome (com mais de 500 peças que mostram a influência da Roma Antiga em diversas culturas), Gallery of the Middle East (que explora a história do Oriente Médio) e a Gallery of Greece (onde diversos objetos como vasos, moedas e jóias revelam a riqueza e criatividade histórica da Grécia).

Para quem gosta de figurinos e moda, não pode deixar de conhecer a Gallery of Textiles & Costume, situada no Nível 4 do museu. São mais de 50 mil modelos desde o século I A.C. até o século XXI D.C. Os destaques são roupas usadas durante o império chinês e no período Barroco.

De volta ao Nível 1

As galerias situadas no Nível 1 do ROM também são extremamente interessantes e não podem deixar de serem visitadas. Na Gallery of Canada: First Peoples, uma série com mais de mil objetos mostra como viviam e o que faziam os primeiros habitantes do Canadá. Objetos de arte, vestimentas e armas que usavam para se defender são alguns dos destaques.

É também no Nível 1 que encontram-se várias galerias com temas relacionados à China, como pintura, esculturas e arquitetura. O visitante deve conhecer a Gallery of Japan, que traz diversas peças em cerâmica, objetos usados na cerimônia do chá e escuturas religiosas adoradas pelos japoneses.

Um outro espaço que precisa ser visitado é o Spirit House. Com cadeiras de cristal criadas pelo arquiteto Daniel Libeskind, o visitante pode escutar vozes e sons como as primeiras notas musicais do Hino Nacional Canadense.

Dormindo no museu

Crianças acima de 5 anos, acompanhada de um adulto, têm a oportunidade de dormir no museu em datas específicas. Esse evento vale muito a pena, porque a criança e o adulto terão mais tempo para conhecer o museu, além de poderem participar de várias atrações, como conversar com especialistas do ROM, cantar de pijama em um karaoke e se deliciar com um lanche oferecido à meia-noite.

Essa experiência custa $80 por criança ou adulto e é imperdível. Consulte as datas e preços atualizados.

Mostras temporárias levam cultura ao visitante

O Royal Ontario Museum exibe diversas exposições temporárias e eventos. Para consultar a agenda, visite a página What’s On.

Serviço

  • O que: Royal Ontario Museum (ROM)
  • Onde: 100 Queen’s Park (Telefone: 416.586.8000)
  • Quando: Aberto diariamente das 10am até as 5:30pm (fecha às 8:30pm na maioria das sextas-feiras, às vezes às 6:30pm)
  • Quanto: $17 (adultos); $15.50 (Idosos e estudantes); $14 (Crianças de 4 até 14 anos). Consulte preços com descontos. É uma das atrações inclusas no City Pass.

Marcio Rollemberg é pernambucano e formado em jornalismo. Foi editor-chefe de um telejornal universitário, produziu documentários e trabalhou como repórter de TV no Brasil. Em 2005 mudou-se para Toronto e atualmente é um dos colaboradores de uma revista e de um canal de TV. Em 2011 juntou-se a equipe do OiCanadá, onde escreve matérias sobre Turismo e Variedades.

1 Comentário

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais em: Turismo

Topo