Siga-nos

OiCanadá

Experiência

De Recife para Toronto em busca de segurança

Expectativas, saudade, inverno, mercado de trabalho e gravidez. Cláudio, Elaine e a filha deles, Natália, que se mudaram para o Canadá há pouco mais de um ano, falam sobre isso e muito mais.

Morar fora sempre foi um sonho para o engenheiro de software Cláudio Aguiar, de 30 anos. Já a mulher dele, a fonoaudióloga Elaine Aguiar, de 29 anos, nunca gostou muito da idéia. “Só depois que a gente teve nossa filha, Natália, e que a gente sofreu um assalto, eu comecei a achar que imigrar seria uma boa idéia”, explica Elaine. Então eles decidiram dar início ao processo de imigração. “A nossa maior motivação é dar um futuro melhor para Natália”, completa Cláudio.

O casal e a pequena, hoje com dois anos e nove meses, chegaram a Toronto em fevereiro de 2008. Cláudio conta que teve a sorte de conseguir um emprego antes mesmo de sair do Brasil. “Como eu trabalhava numa multinacional em Recife, fiz alguns contatos e acabei sendo contratado pela filial da empresa no Canadá. O que eu fazia lá é exatamente a mesma coisa que eu faço aqui. Além disso, a minha profissão não é regulamentada, o que facilita bastante”. Já para Elaine, o caminho vai ser mais longo, pois ela precisa passar por alguns testes até validar o diploma em terras canadenses. Por isso ela tem se empenhado em estudar inglês no curso gratuito oferecido aos imigrantes pelo governo. Enquanto a mãe vai pra aula e o pai trabalha, Natália fica na creche ou day care, onde todos os dias aprende uma nova palavra e começa, aos poucos, a se adaptar ao novo país. “Aqui em casa a gente só fala português com ela, mas é claro que ela já mistura os idiomas, pois ouve muito inglês na rua, é inevitável”, diz Cláudio.

Quando o assunto é saudade, eles são unânimes ao dizer que a família está no topo da lista. Sobre o inverno, também concordam que ele é bonito, divertido, mas longo demais. O que eles mais gostam em Toronto? “Poder andar na rua despreocupado, sem medo de assaltos”. A tranquilidade é tanta, que os dois decidiram dar um irmãozinho a Natália. Elaine está grávida de seis meses e, em agosto, nasce Gabriel, o primeiro da família com dupla cidadania. “É tudo diferente do Brasil, mas minha experiência com o obstetra e também na realização de exames tem sido boa até agora”, garante Elaine.

Mesmo de longe, o casal continuam torcendo pra que a situação do Brasil melhore. Planos de voltar, só de visita durante as férias. “Gostamos muito do país onde nascemos, mas não queremos voltar a morar lá. Agora, o Canadá é a nossa casa”, encerrou Cláudio.

Pra conhecer o blog da família, clique aqui.

Desde 1850 Toronto tem sido um dos destinos favoritos de pessoas do mundo todo. Tanto que, hoje em dia, os imigrantes representam 45% da população da cidade. Por isso o OiCanadá estreia o quadro “Eu não sou daqui”, um espaço reservado para mostrar a experiência de quem imigrou para o Canadá. Se você quiser contar sua história pra gente, mande um e-mail para [email protected].

Julieta é curiosa, subjetiva e prolixa. É também contraditória o suficiente para admirar o que é simples. Não perde a oportunidade de puxar uma boa prosa, seja na fila do supermercado ou durante uma viagem de avião. Antes de tudo, se interessa por pessoas e pela origem das coisas. Desde os sete anos, quando seu pai comprou uma câmera vídeo, sonha em ser jornalista. O sonho a levou à Universidade Federal de Pernambuco, onde a recifense se formou em Jornalismo. Das brincadeiras com a câmera do pai, veio a paixão pelas telas e pela linguagem audiovisual. Começou na TV Universitária de Pernambuco, passou pela TV Alepe, TV Asa Branca (Caruaru/PE), TV Cultura e TV Globo Nordeste. Em 2008 se mudou para o Canadá, onde juntou sua experiência em televisão com a liberdade da internet. No OiCanadá, Julieta faz o que mais gosta e melhor sabe fazer: contar histórias.

8 Comentários

8 Comments

    Deixe uma resposta

    O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

    Mais em: Experiência

    Topo