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Imigrar: é preciso coragem

Angélica e Marcelo explicam por que não é tão fácil deixar tudo o que se tem no Brasil e começar uma vida nova no Canadá.

A paixão da bancária Angélica Perboni pelo Canadá começou há nove anos, quando ela passou um mês em Toronto estudando inglês. Por isso, quando o atual marido, o analista de sistemas Marcelo Abreu, disse que queria sair do Brasil, ela não teve dúvidas: “Só saio se for pra ir pro Canadá”. O casal decidiu, portanto, dar entrada no processo de imigração e, em 2007, já com os vistos de residentes permanentes, eles viajaram “de mala e cuia” com os filhos Bianca, de 5 anos, e Caíque, hoje com 2 anos e 3 meses. “Primeiramente a gente foi pra Montreal, mas depois de 10 meses decidimos nos mudar para a província de Ontário. Hoje moramos em Mississauga, na Grande Toronto”, explica Angélica, justificando que prefere o estilo “anglófono” ao “francófono” da província de Quebec.

“Foi um novo recomeço pra todos nós. Felizmente eu consegui transferência do emprego que tinha em Montreal, o que nos ajudou bastante”, disse Marcelo. Angélica precisou de um pouco mais de paciência até conseguir o primeiro emprego. Bancária com quase 20 anos de experiência no Brasil, ela reconhece que mercado de trabalho é um desafio para os imigrantes. “Dependo da profissão, nem sempre é possível conseguir uma vaga compatível com a experiência que a pessoa traz do país de origem, por melhor que o profissional seja. No meu caso, eu só consegui me inserir na minha área depois que fiz um curso do banco CIBC direcionado especialmente para imigrantes. A partir daí, eu pude conhecer melhor como funciona o segmento financeiro no Canadá e também fazer bons contatos. Hoje trabalho numa empresa relativamente pequena e, apesar de meu trabalho ser diferente do que eu tinha no Brasil, eu estou gostando muito e aprendendo bastante”.

Dificuldades à parte, quando o assunto é a educação dos filhos, o casal tem muitos elogios a fazer ao Canadá. “Bianca está prestes a começar o grade one (o primeiro ano letivo) e a gente está na expectativa porque sabemos o quanto se valoriza a educação aqui”, analisa Marcelo. A adaptação dos pequenos ao novo país não podia ser melhor. “Eu e Angélica chegamos aqui com uma bagagem emocional e intelectual grande. Já os meninos não entendem direito o que significa ser brasileiro ou canadense, portanto pra eles é muito mais fácil vencer as barreiras culturais que, no ínicio, podem atrapalhar um pouco. Eu, por exemplo, acho que vou me sentir eternamente brasileiro, não importa quanto tempo eu passe fora no meu país “.

Depois de um ano e oito meses no Canadá, o casal ainda não sabe se vai ficar no Hemisfério Norte “pra sempre”. “Ainda é pouco tempo para termos essa resposta. Só sabemos que já conquistamos muita coisa desde que chegamos aqui, e estamos aproveitando ao máximo essa oportunidade”, assegura Marcelo. Se vale a pena imigrar? Essa resposta, Angélica tem na ponta da língua: “Claro. Só pelo crescimento pessoal já vale. Mas não é fácil largar tudo e recomeçar do zero. Eu, por exemplo, deixei em São Paulo uma história de mais de 30 anos. Por isso, acho que a pessoa tem que ter muita consciência do que está fazendo quando decide imigrar. É preciso muita coragem pra partir e não olhar pra trás”.

Pra conhecer o blog da família, clique aqui.

Desde 1850 Toronto tem sido um dos destinos favoritos de pessoas do mundo todo. Tanto que, hoje em dia, os imigrantes representam 45% da população da cidade. Por isso o OiCanadá estreia o quadro “Eu não sou daqui”, um espaço reservado para mostrar a experiência de quem imigrou para o Canadá. Se você quiser contar sua história pra gente, mande um e-mail para [email protected].

Julieta é curiosa, subjetiva e prolixa. É também contraditória o suficiente para admirar o que é simples. Não perde a oportunidade de puxar uma boa prosa, seja na fila do supermercado ou durante uma viagem de avião. Antes de tudo, se interessa por pessoas e pela origem das coisas. Desde os sete anos, quando seu pai comprou uma câmera vídeo, sonha em ser jornalista. O sonho a levou à Universidade Federal de Pernambuco, onde a recifense se formou em Jornalismo. Das brincadeiras com a câmera do pai, veio a paixão pelas telas e pela linguagem audiovisual. Começou na TV Universitária de Pernambuco, passou pela TV Alepe, TV Asa Branca (Caruaru/PE), TV Cultura e TV Globo Nordeste. Em 2008 se mudou para o Canadá, onde juntou sua experiência em televisão com a liberdade da internet. No OiCanadá, Julieta faz o que mais gosta e melhor sabe fazer: contar histórias.

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