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Experiência

Voluntária por uma boa causa

Depois de seis meses fazendo trabalho voluntário em festivais de cinema, a carioca Tammy Peix conseguiu o primeiro emprego no Canadá. Quase três anos mais tarde, ela acaba de comprar um apartamento e está prestes a dar entrada na cidadania canadense.

Na adolescência, a carioca Tammy Peix sonhava em morar em outro país para fazer um intercâmbio linguístico, mas nunca teve oportunidade. Anos mais tarde, conversando com uma amiga, ela ficou sabendo sobre o processo de imigração do Canadá e teve a chance de finalmente realizar o antigo sonho. Em dezembro de 2006 ela chegou a Toronto com um grupo de amigos pra começar uma nova vida. “Eu sou formada em design gráfico mas, em paralelo, trabalhei durante nove anos produzindo festivais de cinema no Rio de Janeiro e em São Paulo. Quando cheguei a Toronto, descobri que existem cerca de 90 festivais durante o ano todo”, disse Tammy, hoje com 34 anos.

No entanto, conseguir um emprego num país novo, onde você não conhece praticamente ninguém, não é fácil. A estratégia adotada por Tammy foi fazer trabalho voluntário. “Eu recomendo pra todo mundo. É uma forma de você soltar o seu inglês, fazer bons contatos e ganhar a tal da ‘experiência canadense’, indispensável pra se conseguir o primeiro emprego aqui”. Depois de seis meses atuando como voluntária, Tammy assinou o primeiro contrato. E o primeiro de muitos. Hoje ela trabalha em quatro dos principais festivais de Toronto: o Hot Docs, de documentários, o Inside Out, de filmes gays, o Tiff, Toronto International Film Festival e o Fringe, de teatro. “Basicamente, eu sou responsável pela logística do festival, o que significa organizar a entrada do público, coordenar o trabalho dos voluntários, além de receber os diretores dos filmes e deixar tudo pronto para as sessões de ‘perguntas e respostas’, que acontecem sempre após a exibição dos filmes”.

Apesar do ritmo de trabalho intenso e muitas vezes até “frenético”, Tammy diz estar satisfeita e até já se sente uma “cariocanadense”. “Na minha opinião, o custo de vida aqui em Toronto é praticamente o mesmo de grandes cidades do Brasil, como Rio e São Paulo. Só que o mercado de trabalho daqui oferece mais oportunidades. A grande diferença é que no Brasil eu tenho a sensação de que, por mais que eu trabalhe, eu não consigo atingir meus objetivos facilmente, enquanto que aqui eu acho o trabalho mais justo. Quem tiver disposição pra trabalhar, certamente vai chegar aonde quer. Eu, por exemplo, acabei de comprar um apartamento, coisa que eu nem sonhava poder fazer no Brasil tão cedo”.

Como é comum entre imigrantes, Tammy sente muita falta da família, por isso tenta visitar os pais, a irmã e os sobrinhos sempre que possível. Daqui a seis meses, quando ela completa três anos morando no Canadá, ela pretende aplicar para obter a cidadania canadense. “Amo o Rio de Janeiro, amo o meu país, pois é o lugar onde nasci e eu vou amar o Brasil pra sempre. Mas acho que vale a pena ter também a cidadania canadense porque o Canadá abre muitas portas pra quem não é daqui e eu quero tirar proveito disso. Me sinto uma cidadã do mundo. Hoje eu estou aqui, amanhã posso ir para outro lugar. O mais importante é estar feliz, onde quer que seja, e hoje eu estou muito feliz aqui”.

Desde 1850 Toronto tem sido um dos destinos favoritos de pessoas do mundo todo. Tanto que, hoje em dia, os imigrantes representam 45% da população da cidade. Por isso o OiCanadá estreia o quadro “Eu não sou daqui”, um espaço reservado para mostrar a experiência de quem imigrou para o Canadá. Se você quiser contar sua história pra gente, mande um e-mail para [email protected].

Julieta é curiosa, subjetiva e prolixa. É também contraditória o suficiente para admirar o que é simples. Não perde a oportunidade de puxar uma boa prosa, seja na fila do supermercado ou durante uma viagem de avião. Antes de tudo, se interessa por pessoas e pela origem das coisas. Desde os sete anos, quando seu pai comprou uma câmera vídeo, sonha em ser jornalista. O sonho a levou à Universidade Federal de Pernambuco, onde a recifense se formou em Jornalismo. Das brincadeiras com a câmera do pai, veio a paixão pelas telas e pela linguagem audiovisual. Começou na TV Universitária de Pernambuco, passou pela TV Alepe, TV Asa Branca (Caruaru/PE), TV Cultura e TV Globo Nordeste. Em 2008 se mudou para o Canadá, onde juntou sua experiência em televisão com a liberdade da internet. No OiCanadá, Julieta faz o que mais gosta e melhor sabe fazer: contar histórias.

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