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Experiência

Depois do esforço, a recompensa

Eles tiveram que se virar assim que chegaram a Toronto. Ela ficou um ano desempregada. Ele encarou o primeiro emprego que apareceu pela frente. Moraram de aluguel num quarto e sala minúsculo. Agora, Rafael e Monique colhem os frutos desse esforço no confortável apartamento que acabaram de comprar numa das áreas mais belas e nobres da cidade.

Quando decidiram deixar o Brasil, o casal Rafael Etges e Monique Netto avaliou algumas possibilidades. “Nos Estados Unidos, achamos que seríamos tratados como cidadãos de segunda classe. A Europa já tem muitos problemas relacionados à imigração, e a Austrália é muito longe. Portanto, o Canadá foi a melhor opção”, explica Rafael. A decisão de trocar o bairro de Copacabana , no Rio de Janeiro, pelo Hemisfério Norte foi motivada pela falta de segurança. “Nem dentro de casa a gente se sentia protegido. Várias vezes a gente acordava no meio da noite ouvindo tiros e gritos de socorro. Depois que tentaram arrombar o nosso apartamento, foi a gota d’água, não deu mais pra ficar”, relembra Monique.

Eles chegaram a Toronto há quase seis anos e, como acontece com a maioria dos recém-chegados, arrumar emprego não foi fácil, mesmo considerando que os dois são da área de informática. “Eu cheguei disposto a fazer qualquer coisa. Se fosse pra carregar caixa numa loja de computadores, eu topava. Então, como eu baixei muito a minha expectativa, consegui um emprego em dois meses”, diz Rafael, que é consultor de segurança.

Para Monique, não foi tão fácil assim. A analista de marketing passou um ano desempregada. “Até que eu decidi distribuir meu currículo em algumas lojas do centro. Por acaso, numa loja de sapatos infantis, tinha uma vaga na área de informática e eu fui contratada. Mas sempre que a loja ficava cheia, eu era chamada pra atender os clientes, logo eu que não tenho experiência alguma em vendas. O bom foi que eu acabei melhorando muito o meu inglês”, diverte-se Monique.

Passados os desafios e dissabores dos primeiros anos de adaptação, bons ventos começaram a soprar na direção dos cariocas. Hoje, Rafael é diretor de uma grande empresa de telecomunicações e desempenha uma função igual à que ele tinha no Brasil. Já Monique, é funcionária de um dos maiores bancos do Canadá.

Com a vida profissional estável, era hora de procurar um novo “ninho”. “Durante muitos anos a gente morou de aluguel num apartamento quarto e sala bem pequeno, e chegou uma hora que precisávamos de mais espaço”. O casal decidiu comprar um apartamento num prédio que estava sendo construído em frente ao High Park, na zona oeste de Toronto. Eles deram uma entrada e financiaram o restante do valor (o chamado mortgage). Esperaram quase três anos até o prédio ficar pronto e finalmente se mudaram. “A gente adora o High Park porque é calmo, dá pra fazer tudo a pé e, além disso, fica a apenas 20 minutos do centro”, justifica Monique. O imóvel de dois quartos foi decorado com capricho em cada detalhe. Como Rafael e Monique não têm nem pretendem ter filhos, decidiram adotar uma gatinha, a Fifi, que agora tem mais espaço na nova casa. “A Fifi me faz companhia e, apesar de não ser uma pessoa, é alguém com quem eu posso conversar”, brinca a carinhosa “mamãe” Monique.

Julieta é curiosa, subjetiva e prolixa. É também contraditória o suficiente para admirar o que é simples. Não perde a oportunidade de puxar uma boa prosa, seja na fila do supermercado ou durante uma viagem de avião. Antes de tudo, se interessa por pessoas e pela origem das coisas. Desde os sete anos, quando seu pai comprou uma câmera vídeo, sonha em ser jornalista. O sonho a levou à Universidade Federal de Pernambuco, onde a recifense se formou em Jornalismo. Das brincadeiras com a câmera do pai, veio a paixão pelas telas e pela linguagem audiovisual. Começou na TV Universitária de Pernambuco, passou pela TV Alepe, TV Asa Branca (Caruaru/PE), TV Cultura e TV Globo Nordeste. Em 2008 se mudou para o Canadá, onde juntou sua experiência em televisão com a liberdade da internet. No OiCanadá, Julieta faz o que mais gosta e melhor sabe fazer: contar histórias.

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