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TOEFL – o bicho de sete cabeças

Depois de alguns meses em Toronto, tomei a decisão de encarar o temido TOEFL (Test of English as a Foreign Language). Confira um pouco da experiência que tive.

No artigo anterior, escrevi sobre algumas atitudes que precisam ser tomadas para aprimorar o inglês, mesmo que você esteja estudando no exterior. Falei sobre os trabalhos voluntários e sobre meus estudos. Depois de todo esforço pra aprender o idioma, quis testar para saber se meu método estava realmente funcionando. Foi então que fiz o TOEFL.

Todo mundo me falou que o TOEFL é um bicho de sete cabeças. O meu professor chegou a dizer que o TOEFL acaba muitas vezes dando excelentes notas pra alunos que têm ótima gramática, mas não falam tão bem; enquanto os que têm uma ótima expressão verbal ficam com notas baixíssimas.

Para estrangeiros

O TOEFL é um teste para estrangeiros, que mede a proficiência no idioma em quatro campos (ler, escrever, ouvir e falar) e que dá o direito de estudar em universidades. Por hora, não tenho interesse em fazer uma universidade aqui no Canadá, mas talvez isso possa acontecer num futuro que eu ainda não coloquei no papel. Enfim, quis realmente fazer o teste pra me testar e incrementar o currículo para futuros trabalhos no Brasil.

Fiz a minha inscrição pela página www.ets.org. O site é simples e os passos para registro são super fáceis de seguir.

Meu teste

Fui fazer o teste com a mesma sensação de um vestibular. Mas esta impressão foi cortada logo no primeiro contato com a escola. Havia regras, mas nada surpreendente. O ambiente foi preparado para oferecer um clima leve. Acredito que seja para amenizar a tensão dos alunos, pois muitos ficam desesperados, ainda estudando os últimos textos antes de começar o teste (será que estes são os bons de gramática?).

Continuando, meu teste durou quatro horas e tive um intervalo no meio deste tempo. Como eu estava preparada para o teste, sabia que os temas seriam os mais variados e normalmente sobre arqueologia e biologia. Isso é o que às vezes serve de pegadinha: os nomes são complicados e por mais que eu tivesse estudado antes, não conseguia explicar o que era pedido usando as palavras técnicas. Foi então que adotei o seguinte lema: eles querem saber se eu sei inglês, não é mesmo? E mais, eles querem saber se estou apta a discutir assuntos universitários, é isso? Então, vamos falar…

O teste de ouvir e falar funciona assim: você escuta uma passagem e ele te faz uma pergunta: “- o que a passagem deu de dica para o personagem e qual a sua dica pessoal”. Este é apenas um exemplo. Porém, tinham assuntos que eram extremamente técnicos e pra mim era o mesmo que explicar “por que foi o parafuso direito, e não o esquerdo, do motor do carro, que pulou quando a ventoinha acionou.” Como?

Durante o teste, eu anotava cerca de duas ou três palavras que havia registrado e considerava importantes. Se o teste fosse de audição, eu anotava a palavra quando não sabia exatamente como escrevê-la, de forma que eu pudesse repeti-la posteriormente. E então eu falava aquilo que achava sobre o tema em si. Assim eu prossegui com todas as etapas.

Foi então que eu ouvi os outros alunos falando, cantando e fazendo sons como “bla, blá, blá”, isso pra esperar dar o tempo estipulado pelo teste. Você tem às vezes um minuto pra falar e o relógio só pára depois dos sessenta segundos.

Eu fiz o teste muito tranquilamente, porque sabia que era o primeiro de muitos, e que ainda posso repetir. Além disso, pra fazer uma universidade aqui em Toronto, o TOEFL não é a única alternativa, já que posso fazer uma avaliação na própria faculdade onde eu queira estudar. O que observei é que, para fazer o TOEFL, é importante ler bastante e preparar o vocabulário acadêmico da melhor forma possível. Em minha opinião, eu não passaria neste teste mesmo que estivesse fazendo-o em português. Por isso escrevo que é preciso ter a gramática, mas o vocabulário e o raciocínio rápido têm de se alinhar como amigos íntimos.

Curiosa por natureza e apaixonada por arte desde os primeiros passos, Élida sempre quis descobrir tudo que tinha por trás dos grandes resultados. Como sua personalidade não é ficar num único ponto, o jornalismo foi como uma porta que se abre para o novo todos os dias. “Nunca nenhum dia é igual ao outro; sem contar que passo conversar sempre com gente nova e interessante”, diz Élida. Pós-Graduada em Comunicação Corporativa. Nove anos de experiência no mercado de Comunicação, atuando como editora em revistas e apresentadora em programa televisivo no estado de São Paulo (Brasil). Chegou ao Canadá em 2009 e agora escreve para OiCanadá contando toda a experiência que o Canadá tem lhe dado.

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