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EUA perde vagas de emprego e alunos estrangeiros para o Canadá

O presidente Trump instituiu uma série de medidas que complicaram demais a possibilidade de contratação de talento estrangeiro e até mesmo a entrada de estudantes internacionais nos Estados Unidos. E o Canadá está lucrando com isso, recebendo não só mais matrículas como também abrindo os braços para a instalação e expansão de escritórios de várias empresas.

O dados foram revelados por uma pesquisa feita com mais de 400 companhias de recursos humanos dos EUA realizada pela Global Envoy, com destaque para a grande demanda para os chamados “tech workers”. Hoje, aliás, o problema é tão grande para os contratadores que já gerou até a formação de um grupo de empresas fazendo lobby junto ao Homeland Security. Amazon, Google, Intel, Apple e Microsoft fazem parte deste time, mas até agora não conseguiram nenhum efeito positivo.

Ruim para os Estados Unidos e ótimo para o Canadá. De acordo com a pesquisa da Envoy Global, 38% dos empregadores estão se organizando para abrir filial em solo canadense, enquanto 21% deles já tem pelo menos um escritório por aqui.

Dentre as grandes vantagens do processo canadense para trabalhadores qualificados e com oferta de emprego garantida é a rapidez e a garantia do processo. Só em 2018, esse programa trouxe mais de 12.000 pessoas. Mas nem sempre foi assim.

Durante muito tempo, o país sofreu com o chamado “brain drain”, que é a perda de talentos. Hoje, no entanto, o Canadá virou um poderoso “tech hub”. Toronto, por exemplo, só perde para São Francisco, Seattle e Washington, e continua crescendo, tendo gerado mais novas vagas que a somatória total do que foi criado nas três cidades norte-americanas.

A onda tecnológica também não se resume apenas a Toronto. Vancouver e Montreal têm seus nichos garantidos e Ottawa vem surpreendendo. Hoje, a capital do país é a cidade com o maior crescimento de vagas no setor, batendo qualquer outro município dos Estados Unidos e do Canadá.

Um fluxo semelhante vem ocorrendo também na área da educação. O número de estrangeiros matriculados em instituições dos EUA caiu no ano passado e no ano anterior também. Já no Canadá houve 16,25% de crescimento em 2018, marcando três anos consecutivos de aumentos significativos.

No total, o país teve 572.415 alunos internacionais em colleges e universidades no ano passado. A grande maioria deles é composta por indianos, seguidos por chineses. Mas os brasileiros também aparecem com destaque, em sétimo lugar, com 13.835 alunos.

Fernanda é carioca, publicitária, desenvolvedora web, co-fundadora e editora-chefe do OiCanadá. Imigrou para o Canadá no final de 2006 e se tornou cidadã canadense em 2011.

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