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Novo orçamento federal quer acelerar imigração

O ministro da economia do Canadá, Bill Morneau, apresentou para o Parlamento a sua proposta de orçamento para o próximo ano fiscal. De maneira geral, o documento revela que o governo quer acelerar e atender melhor os candidatos à imigração. Mas o grande destaque é a transformação do Global Talent Stream em um programa permanente para a contratação rápida de estrangeiros altamente qualificados.

O novo orçamento prevê um gasto total de $22,8 bilhões para os próximos cinco anos, com $200 milhões a serem investidos para acelerar e melhorar o processo de imigração em cinco áreas diferentes. Desse total, o Global Talent Stream (GTS) receberá $35,2 milhões nos próximos cinco anos.

O GTS é um sistema de aprovação rápida (em geral, leva apenas duas semanas) de contratação de trabalhadores estrangeiros para a ocupação de vagas altamente qualificadas. Ele foi lançado em 2017 como um programa-piloto para atender a uma demanda constante de empresas canadenses, em especial na área de TI, que sofrem com a falta de mão-de-obra especializada. O GTS garante assim a competitividade do setor privado e a manutenção de um ritmo positivo para a economia do país.

Além disso, o novo orçamento quer contemplar o IRCC — o ministério que trata da imigração — com mais $42,9 milhões nos próximos dois anos para a implantação de melhorias no atendimento. A ideia é conseguir dar respostas mais rápidas e mais precisas ao seus clientes, sejam eles imigrantes, refugiados ou cidadãos.

Outra área de expansão será a dos vistos. Só em 2017, o Canadá recebeu mais de 20 milhões de turistas, cerca de 246 mil estudantes internacionais e mais de 272 mil imigrantes. E como a procura só cresce, o governo quer destinar $78,6 milhões para aprimorar o processamento de pedidos de vistos de turismo, de estudo e de trabalho. Ótima notícia para os turistas brasileiros, que formam o terceiro grupo que mais visita o país, só perdendo para os Estados Unidos e o México.

O governo federal também está preocupado com consultores de imigração que não atendem direito à sua clientela. Por isso propõe gastar $51,9 milhões nos próximos cinco anos para melhorar a supervisão sobre o setor, exigindo o cumprimento da lei e evitando fraudes.

Por último há ainda $24,42 milhões a serem investidos na instalação de um canal independente para o recebimento e análise de reclamações referentes à Canada Border Services Agency (CBSA), a agência que lida com o entra-e-sai nas fronteiras do país.

Até agora os oficiais da CBSA têm tido carta branca para interrogar, exigir exame de sangue e bafômetro, revistar as pessoas e seus pertences, e até colocar alguém atrás das grades. Mas tudo isso sem que haja meios de se fazer uma reclamação por qualquer forma de tratamento injusto. A ideia agora é fazer modificações no estatuto da Civilian Review and Complaints Commission, que já lida com problemas desta natureza relacionados à RCMP — uma espécie de Polícia Federal canadense — para que a comissão possa passar a tratar também dos casos de problemas relacionados à CBSA.

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