Trabalho
Canadá caminha para ser polo hi-tech e precisa de imigrantes para consolidar seu plano
O país tem hoje seis vezes mais imigrantes com qualificação profissional que os Estados Unidos, em termos de porcentagem da população, e quer mais. Saiba o que tem demanda e como agir para agarrar uma destas oportunidades.
A tendência não é nova. Entre 2013 e 2019, foram abertas 80.000 vagas de tecnologia só no corredor Toronto-Waterloo, na província de Ontário. E isso foi mais que a soma total de São Francisco, Seattle e Washington, que são tradicionais centros tecnológicos dos Estados Unidos.
As áreas de expertise em alta são inteligência artificial, aprendizagem de máquina, computação quântica, 5G, medtech e processos industriais avançados. Mas, na prática, há muito mais vagas sendo criadas no entorno.
Além disso, a lógica do mercado é a de que o dinheiro segue o talento, ou seja, à medida em que aumenta aqui a presença de pessoal capacitado, crescem também os investimentos, a expansão das operações de quem já está com os pés fincados no país e a chegada ou abertura de novas empresas.
A gigante Amazon, por exemplo, anunciou faz um mês a contratação de 1800 profissionais de administração e TI para atuação em Vancouver e Toronto dando suporte às suas operações. E isso só pra esse ano. São cargos de desenvolvimento de software, engenharia de dados, administração, arquitetura de soluções de nuvens e ainda vendas e marketing — todos cargos de período integral numa empresa qualificada pela revista Forbes como o segundo melhor empregador do mundo.
A verdade, porém, é que para preencher estes cargos o país precisa continuar trazendo mais talentos via imigração. E para isso existem vários programas, como o Global Talent Stream (GTS) e o Temporary Foreign Worker Program (TFWP), com a possibilidade de processamento da papelada em apenas duas semanas.
Mas o segredo aqui é a proatividade do interessado, que precisa localizar as vagas, se candidatar, conversar com o RH das empresas sobre o interesse em trazer o profissional para atuar aqui e mostrar seu compromisso e capacidade de se adaptar, além, é claro, de um domínio pelo menos básico do idioma.