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Spadina House mostra luxo da Toronto dos anos 20

Na virada do século 19 para o 20, ser rico em Toronto significava morar em uma casa grande, com diversos cômodos e empregados, obras de arte, prataria, roupas importadas da Europa, um jardim enorme e novidades tecnológicas, como o rádio por exemplo. Era assim que vivia a família Austin, dona da Spadina House, um casarão transformado em museu pela prefeitura de Toronto em 1984.

A propriedade, comprada em 1866 pelo fundador do Dominion Bank e presidente do Consumer Gas, James Austin, serviu de moradia para quatro gerações. Em 1978, Anna Kathleen Thompson (neta de James Austin), decidiu transferir a Spadina House para a prefeitura de Toronto.

A Divisão de Cultura e Desenvolvimento Econômico da Cidade de Toronto, responsável pela Spadina House, tem como objetivo mostrar um pouco da história da família Austin, e como viviam os torontonianos endinheirados na primeira metade do século 20, uma época de mudanças no Canadá, quando houve a ruptura do mercado financeiro, a introdução do sistema de assistência social (conhecido no Canadá como welfare), e o direito das mulheres votarem em eleições.

Recentemente o espaço passou por uma grande reforma, onde o município investiu cerca de $600 mil para resgatar a aparência exata do casarão nas décadas de 1920 e 1930. Para isso, foi feita uma vasta pesquisa, tendo como fontes o próprio acervo do museu, e documentos achados em bibliotecas e arquivos da cidade.

O resultado da reforma foi impressionante. Quem visita a Spadina House hoje se depara com uma cozinha toda restaurada (onde foram adicionados utensílios históricos), uma vasta coleção de obras de arte que pertenceu à família Austin (como algumas esculturas de terracota francesa), móveis originais, além da reprodução do papel de parede instalado em diversos cômodos, bastante parecido com o usado no passado, graças a uma tecnologia avançada.

O grande jardim da Spadina House é um espetáculo à parte, e não deve nada a sua vizinha Casa Loma. São mais de 300 variedades de plantas e flores, espalhadas em canteiros reproduzidos exatamente como no início do século 20, graças às diversas fotografias do local tiradas nessa época. Lírios, peónias e rosas são algumas das flores que embelezam o casarão. Uma porta instalada no chão da estufa, permitia que empregados cuidassem do jardim sem serem vistos.

No início do século 20, poucos eram os privilegiados que eram convidados para fazer parte de grandes festanças realizadas no jardim da propriedade. Hoje, o visitante pode participar de alguns eventos realizados exatamente como antigamente. Durante a época natalina, por exemplo, a Spadina House fica toda enfeitada de luzes, e uma programação especial (que acontece entre o final de novembro até o dia 31 de dezembro) proporciona celebrar o Natal em grande estilo, como há 100 anos.

Diversos outros eventos são realizados com frequência na local. Uma boa dica é esperar para conhecer o museu em um dia que haja alguma atração. Para a programação completa, basta visitar a página da Spadina House na internet.

Serviço

  • O que: Spadina Museum- Historic House & Gardens
  • Quando: Diariamente, das 12pm às 5pm
  • Onde: 285 Spadina Road (vizinha à Casa Loma)
  • Quanto: adultos $8.85; idosos $5.48; estudantes $7.08; crianças de 5 até 12 anos $5.75; menores de 5 anos não pagam ingresso.

foto: Shreyans Bhansali

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Marcio Rollemberg é pernambucano e formado em jornalismo. Foi editor-chefe de um telejornal universitário, produziu documentários e trabalhou como repórter de TV no Brasil. Em 2005 mudou-se para Toronto e atualmente é um dos colaboradores de uma revista e de um canal de TV. Em 2011 juntou-se a equipe do OiCanadá, onde escreve matérias sobre Turismo e Variedades.

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