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Vistos e Imigração

Imigração canadense vira o jogo e prioriza estudantes internacionais

Durante os anos em que Stephen Harper foi Primeiro-Ministro, saíam na frente os candidatos à imigração que recebiam uma oferta de emprego. Na era Trudeau, a aposta é diferente. A ênfase agora está no chamado “capital humano.” Ou seja, a balança agora pesa melhor para quem é jovem, vem estudar no Canadá e tem fluência em inglês e/ou francês.

O número de profissionais com oferta de trabalho que receberam convites à imigrar caiu de 40% para 10% do total de imigrantes aceitos desde novembro de 2016. A mudança implementada acabou com o predomínio da imigração de pessoal com experiência técnica em eletricidade, construção ou indústria.

Mudou também a nacionalidade predominante. A entrada de filipinos, por exemplo, despencou para menos da metade, enquanto os candidatos da Índia passaram a liderar a lista, arrematando 43% das vagas. Os chineses também se deram bem, garantindo 5.231 vagas. E nada disso é por acaso, já que as duas nações têm a maior presença entre os estudantes internacionais matriculados no país. O Brasil, segundo o Canadian Bureau for International Education, representa apenas cerca de 3% do total de estudantes estrangeiros em colleges e universidades canadenses.

Os especialistas em imigração acham que o novo rumo é positivo porque dá destaque a características essenciais para uma melhor adaptação do estrangeiro a longo prazo. Eles apontam que a necessidade de certos tipos de mão de obra pode variar no futuro e, de repente, alguém que estava bem inserido pode não ter as ferramentas necessárias para se adaptar a uma nova realidade.

Mas há também um movimento pressionando Ottawa para que a o processo de aprovação de ofertas de trabalho fique mais eficiente. Certos setores da economia garantem que é impossível encontrar pessoal capacitado no país e cobram agilidade no processamento dos seus pedidos.

Mais informações em inglês no The Star.

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