Educação
Canadá bate recorde de estudantes internacionais e quer mais
De 2000 para cá, o número de vistos de estudantes expedidos pelo governo canadense saltou de 122.665 para 572.415 — um aumento de impressionantes 467%. Mas o país quer ir além e está prestes a abrir escritórios no estrangeiro e investir mais em marketing.
A presença de estudantes internacionais virou um negócio gigantesco. Só em 2016, esses alunos injetaram $15,5 bilhões na economia canadense, gerando cerca de 170 mil empregos e criando um impacto maior que a exportação de peças de carros, aeronaves e madeira.
Além disso, algumas universidades driblaram um problema sério de queda de matrículas justamente com a presença estrangeira. Na Universidade de Cape Breton, por exemplo, os não nascidos no Canadá já representam mais da metade do total de alunos.
Segundo o Canadian Bureau for International Education, os seis países que mais despacharam jovens para estudar em solo canadense em 2017 foram China, Índia, Coreia do Sul, França, Vietnã, Estados Unidos e Brasil — mas a diferença entre o primeiro e o sexto lugares é gigantesca. Os chineses passam dos 140 mil enquanto os brasileiros mal chegam a 12 mil.
Mesmo assim, o Brasil tem um peso considerável. Várias universidades e colleges contam, inclusive, com recrutadores brasileiros em seus quadros e ainda contratam outros profissionais para buscar alunos nas principais regiões do Brasil. Mas o futuro é incerto. A manutenção do país na lista-alvo de expansão canadense vai depender da economia brasileira e da capacidade da classe média bancar cursos que custam entre 8 e 15 mil dólares por ano, dependendo da área de estudo e da região escolhida.
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