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Fazer college de quê? O mercado de trabalho canadense responde!

Pequenas e médias empresas responderam a um pesquisa feita pela Federação de Negócios Independentes do Canadá, a CFIB, e avisaram que estão mesmo precisando de gente pronta para trabalhar. 46% dos empresários alertam, porém, que o que mais precisam é de gente que tenha nas mãos um diploma de college. Veja aqui quais são as profissões com mais vagas em aberto, as áreas que mais contratam imigrantes e como as contratações acontecem.

Segundo o relatório da CFIB, há mais de 430 mil vagas de trabalho abertas hoje no Canadá e os empresários reclamam que não conseguem preenchê-las. Nos últimos cinco anos, 76% deles garantem que foi difícil (33%) ou muito difícil (43%) encontrar mão-de-obra para preencher seus postos em aberto e, em especial nas províncias de British Columbia, Québec e Ontário. Mas que tipo de trabalhador estas empresas, que têm de 1 a 499 empregados, procuram?

O que as pequenas e médias empresas procuram?

  • Skill Level D (aprendizado prático no local de trabalho) – 16% 
  • Skill Level C (diploma de high-school ou aprendizado prático mais específico no local de trabalho) – 31%
  • Skill Level B (diploma de college ou aprendiz – apprenticeship) – 46% 
  • Skill Level A (diploma universitário) – 7%
  • Skill Level 0 (nível gerencial)– 1% 

Profissões com maiores demanda

O levantamento da CFIB mostra que as pequenas e médias empresas precisam de gente com diploma de college e avisa ainda que a demanda se concentra nas áreas de hospitalidade, transporte, serviços pessoais, manufatura e construção, com as profissões do chamado “trade” sendo as campeãs de procura. 

Na prática isto quer dizer que este tipo de empresário precisa de eletricistas, encanadores e carpinteiros para a construção e também para ambientes industriais. Procura operadores de máquinas industriais e quem possa dar manutenção nestes equipamentos, além de pessoal da área alimentar, tipo açougueiros, panificadores e confeiteiros em nível industrial. Há também demanda para pessoal de cozinha de restaurante, além de técnicos em arquitetura, orçamentistas, topógrafos, vendedores, motoristas de caminhão, recepcionista de hotel, garçom, trabalhadores para a agricultura e a área de reflorestamento e exploração de madeira e, enfim, pessoal de chão de fábrica, em especial na área de montagem de veículos e eletrônicos, além de acabamento de móveis. 

Que setor mais contrata imigrantes?

  • Agricultura – 39%
  • Hospitalidade – 26%
  • Manufatura – 16%
  • Administrativo – 16%
  • Transporte – 15%
  • Serviços – 15%

Todos estes setores revelaram que a composição da sua mão de obra total conta com mais de 25% de imigrantes, lembrando ainda que tanto a agricultura quanto a hospitalidade usa muito um sistema de contratação temporária de estrangeiros que vêm para o Canadá só pela temporada de pico e depois precisam retornar ao seu país de origem.

Outra revelação interessante do relatório é que 79% das empresas contrataram residentes permanentes, enquanto 15% viraram sponsors de estrangeiros que vieram já para trabalhar nestas companhias. E o mais interessante de tudo: mais de um terço das contratações aconteceram porque o trabalhador entrou em contato com a empresa e um quarto delas porque outro imigrante deu uma dica para o patrão. 

Em outras palavras: as pequenas e médias empresas, responsáveis por 89,6 % do total de empregos do país segundo estatísticas oficiais do governo, podem ser uma excelente opção para trabalho e até mesmo patrocínio de imigração. Para isso, no entanto, é preciso se organizar. Estudar o idioma facilita a vida assim como ter um planejamento na cabeça. Comece pesquisando o mercado de trabalho e definindo uma área. Ache vagas nos sites de emprego e entre em contato, mostrando seu interesse.

O que você não sabe, trate de aprender — veja o que na lista de competências de cada anúncio de emprego. Faça um curso no Canadá para conseguir estas competências (as credenciais brasileiras nem sempre são reconhecidas e há muita coisa mesmo que é feita diferente — o sistema de construção, por exemplo, é bem distinto). E não esqueça do networking — com brasileiros, com outros estrangeiros e com canadenses, porque ali rolam muitas dicas de emprego. Mas, sobretudo, seja proativo. Bata na porta e peça pra bater um papo. A vantagem dos pequenos negócios é que de repente você até consegue falar direto com o dono da empresa. 

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Fernanda é carioca, publicitária, desenvolvedora web, co-fundadora e editora-chefe do OiCanadá. Imigrou para o Canadá no final de 2006 e se tornou cidadã canadense em 2011.

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