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Aliança Canadense de Estudantes questiona o alto preço da faculdade para estudantes internacionais

Ser estudante numa universidade canadense é sonho de muitos, mas mesmo o país sendo considerado um dos “mais baratos” para se estudar fora, o custo do ensino pós-secundário é três vezes maior para um estudante internacional do que para um aluno canadense.

A Aliança Canadense de Estudantes, composta por 26 sindicatos de alunos pelo Canadá afora, está fazendo lobby junto ao governo federal para reduzir as taxas dos estudantes internacionais. Segundo a Aliança, os estudantes internacionais pagam taxas universitárias três vezes maiores do que os alunos “domésticos”.

O governo federal e administração da universidade dizem que os estudantes internacionais não são contribuintes e, portanto, não devem receber subsídios para a taxa de matrícula.

Uma das maiores reivindicações do grupo é o direito a vistos de múltiplas entradas. A maioria dos estudantes não têm visto de entrada múltipla e cada vez que um aluno deixa o país, ele tem que solicitar um novo visto e pagar uma nova taxa para voltar à escola.

Outra dificuldade enfrentada pelos 190.000 estudantes internacionais que frequentam instituições pós-secundárias em todo o Canadá é que estudantes internacionais não são autorizados a trabalhar fora do campus a menos que tenham um visto de autorização de trabalho, um processo que custa US$150.

As razões das altas taxas para estudantes internacionais é que o governo subsidia até 80% das taxas pagas pelos estudantes nacionais. A ideia é que a educação pós-secundária é um bem público e que cada aluno é subsidiado pelos contribuintes. Mas para isso, ele precisa ser um cidadão canadense ou residente permanente, ou seja, um membro contribuinte da sociedade canadense.

A estudante brasileira Paula Andrade, de 20 anos, que cursa Relações Internacionais e Economia na Universidade de Toronto e trabalha na biblioteca do campus por opção, pois seus pais ajudam com as taxas, acredita que o problema afete mais os estudantes mais velhos.

“Depende muito da faixa etária,” diz Paula. “Os estudantes que reclamam mais são os “mature students” (estudantes universitários mais velhos que a faixa etária convencional). A maioria dos alunos da minha idade tem ajuda dos pais, mas os “mature students” só dependem de si mesmos para pagar a universidade.”

Há vozes dentro do governo também que estão do lado dos estudantes internacionais. O próprio Ministro da Imigração, Cidadania e Multiculturalismo Jason Kenney é um dos defensores mais proeminentes desses esforços em Ottawa. O ministro acredita que uma das melhores maneiras de atrair trabalhadores estrangeiros qualificados para o Canadá seja baixar as taxas de matrícula internacional.

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O escritor e jornalista Marcelo Vital escreve sobre cultura pop, música e relações exteriores para várias publicações e blogs no Canadá - onde mora atualmente -, no Brasil, onde cresceu, e nos Estados Unidos, onde viveu por 12 anos. Marcelo foi produtor e apresentador do programa de música brasileira Brazil Vital na rádio FM de Toronto.

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