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Menonitas fazem do Mercado St. Jacobs uma grande atração turística

O mercado de St. Jacobs, situado próximo às cidades de Waterloo e Kitchener, tem como destaque frutas, verduras, artesanatos e guloseimas preparadas pelos menonitas, um grupo religioso conservador cujos membros rejeitam as facilidades da vida moderna.

Os menonitas são uma denominação protestante que tem suas origens no século XVI, em Zurique, na Suíça. Na época, eram chamados Anabatistas e considerados uma ala radical da Reforma pois acreditavam que os fiéis só deveriam ser batizados na idade adulta, quando podiam escolher conscientemente seguir os mandamentos cristãos.

O nome “menonita” vem de Menno Simmons, um holandês que foi um dos primeiros líderes do movimento. A face mais famosa deste grupo religioso são os Amish, um subgrupo que rejeita as comodidades da vida moderna, como eletricidade e automóveis, vestem-se de maneira conservadora e vivem em comunidades rurais.

Hoje há 1,7 milhão de menonitas espalhados pelo mundo, cerca de meio milhão na América do Norte. São conhecidos como cristãos fervorosos, bons vizinhos, que se dedicam a atos de compaixão, reconciliação e caridade. No Canadá, por exemplo, muitos refugiados conseguem asilo graças aos menonitas que se comprometem junto ao governo a lhes dar proteção e auxílio. Os primeiros menonitas chegaram aqui vindos da Pennsylvania, nos Estados Unidos, em 1786 e estabeleceram-se em vários pontos do país. No Ontário, eles são a alma de uma cidadezinha chamada St. Jacobs, a 130 km de Toronto, perto de Kitchener e Waterloo.

Cerca de 4 mil menonitas mantém o modo de vida tradicional nas fazendas da região e há décadas vendem seus produtos no mercado de St. Jacobs. Chegam em carrocinhas, com suas roupas severas, trazendo legumes e frutas fresquinhos, xarope de maple, mel, carnes e embutidos preparados à moda européia. Produzem também conservas e geléias maravilhosas, lindas colchas de retalho e adoráveis bonecas de pano.

O mercado tem uma parte ao ar livre e outra fechada, e hoje é uma atração turística, com direito a passeio de bondinho puxado por cavalos, mercado de pulgas, outlets de marcas famosas e vendedores de várias origens étnicas. Além das delícias menonitas há estandes de comida marroquina, egípcia, um padeiro português tagarela que por si só é já é um evento, e duas italianas, mãe e filha, que fazem almôndegas dignas de serem saboreadas de joelhos!

A três quilômetros do mercado fica a vila de Saint Jacobs. Ao longo da King Street, prédios restaurados do século XIX abrigam lojinhas de artesanato, restaurantes, cafés, uma padaria menonita onde tudo parece ter sido feito em algum cantinho do céu (experiemente os muffins, nunca mais você vai querer os do Tim Hortons ou McDonald’s), um mercado de antiguidades e algumas curiosidades, como uma prosaica fábrica de vassouras de palha (dá para comprar uma vassoura feita na hora).

Para melhor aproveitar o passeio, o ideal é ir primeiro ao Centro de Visitantes que leva o nome de “The Mennonite Story”. Lá dentro há uma apresentação audiovisual e um pequeno museu contando a história da comunidade. Há também um guia da região que custa apenas dois dólares e muitos folhetos gratuitos com as informações sobre o que ver e o que fazer em Saint Jacobs.

O mercado abre de quinta-feira a sábado, das 7am às 3:30pm. No verão, de junho a agosto, abre também às terças-feiras das 8am às 3pm.

Na vila, o horário das lojas varia de acordo com a época do ano:

De janeiro até o March Break:

  • Segunda a sexta – das 10am às 5pm
  • Sábado – das 10am às 6pm
  • Domingo – das 12pm às 5:30pm

Do March Break até dezembro:

  • Segunda a sábado – das 10am às 6pm
  • Domingo – das 12pm às 5:30pm

Para saber mais informações e como chegar a St. Jacobs visite o site stjacobs.com.

Patricia Almeida nasceu em Curitiba e começou a carreira de jornalista na TV Paraense, emissora filiada à Rede Globo, na capital paranense. Depois mudou-se para São Paulo, onde foi coordenadora de produção do Jornal Hoje, editora-executiva do SPTV e editora de texto do programa “Mais Você”, também na Rede Globo. Foi ainda produtora de documentários da Rede SescSenac. Veio para o Canadá em 2003 e durante 8 anos foi produtora de programas em língua portuguesa da OMNI TV. Além de colaborar escrevendo para o OiCanadá, é também responsável por manter o Instagram do blog atualizado com belas fotos.

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