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Canadá se prepara para viver uma onda de hortas urbanas

Durante a Segunda Grande Guerra, o Canadá viu uma explosão de Jardins da Vitória pipocarem pelas suas cidades. Estas hortas nunca deram conta de alimentar muita gente, mas se tornaram um símbolo de resiliência e hoje servem de inspiração para uma parcela da população do país que, mais do que nunca, quer produzir mais alimentos localmente.

Montreal

Montreal, por exemplo, já ouviu o apelo. A prefeitura quer mesmo incentivar a horticultura de pequeno porte e concorda que será fantástico se as pessoas conseguirem ficar mais auto-suficientes em termos da comida que colocam em seus pratos.

A prefeita Valérie Plante reabriu os vários jardins comunitários da cidade no dia 4 de maio — agora com novas regras sanitárias — e a prefeitura vai fornecer sementes, mudas e outros insumos, além de assistência técnica, para quem quiser plantar.

O material será distribuído pela ONG Cultiver Montreal e estará disponível para quem quiser plantar no quintal, na varanda de um apartamento ou no telhado de prédios residenciais ou comerciais. A mesma ONG também está colocando online vários cursos, inclusive para a confecção e plantio em pequenas estufas. 

Além disso, o Jardim Botânico de Montreal vai transformar um hectare de suas terras em uma mini-fazenda com capacidade para alimentar 100 pessoas por um ano. E a produção será toda doada para os food banks. 

A iniciativa do jardim botânico deve ainda gerar empregos para quem quiser aprender a lidar com as plantas e, apesar de ter mais destaque, vai andar de mãos dadas com várias outras hortas comunitárias ou privadas, além de novas iniciativas a serem lançadas.

Ontário

A província mais populosa do Canadá também liberou a reabertura das suas hortas e jardins comunitários, após declará-los um item essencial. Mas, na prática, cada cidade vai definir a data exata de retomada dos canteiros — as atividades normalmente começam mesmo no mês de maio.

Toronto, por exemplo, ainda não anunciou a abertura dos seus vários endereços. mas deve fazê-lo muito em breve. Ao todo, a cidade tem mais de 80 unidades e aceita candidaturas para novos locais e grupos.

Os moradores da capital e do interior também estavam aflitos, aguardando que o governo provincial anunciasse a reabertura das lojas de jardinagem. As lojas foram abertas no dia 4 de maio, mas, pelo menos por enquanto, apenas para entregas e retiradas. As entregas, porém, podem ficar demoradas, já que a expectativa é de alta demanda de mudas, sementes e ferramentas e etc, quase que no mesmo clima do que ocorreu no início da pandemia nos supermercados.

Resta ainda saber se este renovado amor pela atividade será uma onda passageira ou um tendência que veio para ficar. Até porque, há uma ironia nisso tudo: os quintais podem estar lotados de entusiastas neste 2020, mas as fazendas estão ainda desesperadas à procura de gente que queira trabalhar na plantação e colheita de tesouros do verão canadense como ameixa, pêssego, framboesa e (suspiro!) morango. 

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