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Por que fazer uma universidade no Canadá pode não ser uma boa pedida

A educação universitária sempre foi considerada uma das melhores formas de conectar o estudante ao seu campo de atuação escolhido, dando-lhe uma vantagem competitiva sobre outros candidatos no mercado de trabalho. No entanto, uma nova tendência, crescente em Ontário, anda virando este conceito de pernas para o ar.

Hoje em dia, grande parte dos profissionais graduados em universidades que voltam a estudar não procuram mais cursos de pós graduação ou mestrado. Muitos estão em busca de programas que aumentem suas chances de arrumar o emprego desejado.

Em entrevista realizada em janeiro de 2016, Linda Franklin –Presidente e CEO da organização Colleges Ontario– afirmou: “Essa tendência já havia começado há algum tempo, mas aumentou significativamente desde a recessão. Acho que, especialmente devido à crise, a atitude das pessoas em relação a cursos de faculdade (college) começou a mudar. Não apenas a atitude dos alunos, mas também a de seus pais”.

Linda também disse que houve um aumento, entre 2011 e 2016, de 40% no número de estudantes de college com grau universitário, e esse número deve continuar crescendo.

Em 2016, 15% dos estudantes de faculdade tinham grau universitário. Segundo Linda, grande parte da mudança se deve à necessidade de conseguir um emprego.

“Quando questionávamos pais no passado, eles nos diziam: ‘Eu sei que os colleges são um ótimo caminho para conseguir bons empregos, que as profissões especializadas realmente oferecem boas perspectivas de emprego, mas meu filho vai para a universidade.’

Ao longo da recessão, quando os pais se tornaram receosos em relação às chances de sucesso dos jovens no mercado de trabalho, estes ficaram ainda mais preocupados. Aí, entrevistamos algumas pessoas, e começamos a ouvir comentários do tipo: o propósito da educação pós-secundária é conseguir um bom emprego.”

Mais do que nunca, os universitários estão procurando especificamente por uma porta de entrada para o mercado de trabalho, e as faculdades são rápidas em atender essa demanda com programas de apenas 1 ano chamados Graduate Certificates.

“Estamos observando um grande aumento no interesse por esses certificados”, afirmou Linda. “Eles são quase como um programa de mestrado, mas aplicado à prática na profissão. Portanto, tratam-se de cursos que adicionam habilidades específicas à formação teórica. E há uma certa diversidade nos programas em que esses alunos estão se inscrevendo. Marketing, jornalismo, biotecnologia e tecnologia em engenharia são apenas alguns dos exemplos mais comuns.”

Tradicionalmente, as universidades canadenses sempre ofereceram aprendizado teórico, enquanto os programas de college ofereciam aprendizado aplicado e direcionado a uma meta profissional específica. No entanto, isso está mudando.

As universidades vêm respondendo à necessidade de mais prática no aprendizado, reforçando programas que combinam estudo e trabalho, os chamados co-ops. O Universities Canada, grupo que representa 97 universidades canadenses, diz que 55% dos estudantes já se beneficiam da aprendizagem em nível prático através de programas de estudo e trabalho, estágio e serviço comunitário –service learning. O interesse por esses tipos de programas aumentou em 25% nos últimos anos, passando de 53.000 estudantes em 2006 para 65.000 em 2013.

A decisão de voltar à faculdade está diretamente ligada às exigências dos empregadores. “…eles dizem que realmente gostam da mistura de educação teórica e prática”, afirma Linda. Segundo ela, os empregadores preferem não ter que investir em treinamento de funcionários, e uma formação prática aumenta as chances dos recém contratados terem um bom desempenho desde o primeiro dia de trabalho.

Essa tem sido cada vez mais a exigência do mercado, e as universidades e colleges estão se adaptando para atender à nova demanda. Mas, enquanto as instituições de ensino e os empregadores estão adotando essas mudanças rapidamente, existe um grupo sendo especialmente afetado por isso –os estudantes, que agora enfrentam a necessidade de ter que investir em educação adicional para atingir seus objetivos profissionais.

Fonte: Rabble

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Cinthia Ferreira é professora de português/inglês/francês e tradutora brasileira, residindo atualmente em Toronto, Canadá. Tradutora formada pela Universidade de Toronto especializada em: Marketing, Business, Turismo, Tecnologia e Documentação para processos de imigração como: Certidões de Casamento, Certidões de Divórcio, Atestados de Antecedentes Criminais, Certidões de Óbito, Diplomas, Documentos de Identidade, Históricos Escolares, Extratos Bancários, Cartas de Recomendação, Currículos, entre outros, nos seguintes idiomas: Inglês, Português, Francês e Espanhol. Professora de Inglês e Português formada em Letras, com mais de 10 anos de experiência em: Cursos Regulares ou Intensivos, Preparação para Teste de Cidadania Canadense, Preparação para exames de proficiência como TOEFL/IELTS, Preparação para exames da imigração CELPIP, MELAB e CAEL, Business English, Conversação, Gramática e Vocabulário através de cursos presenciais ou aulas online.

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