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Parkas da Canada Goose

História

A parka: um símbolo canadense

A parka, um agasalho com capuz que além de aquecer o usuário é também impermeável, foi criada pelos povos Inuit da região do Ártico como proteção contra o frio e a umidade durante caçadas e remadas. Mas hoje a parka é muito mais que isso: ela é um símbolo do país.

Originalmente, a parka era produzida com pele de foca ou de caribu e alguns modelitos ainda eram impermeabilizados com uma camada de óleo de peixe. A peça, também chamada de amauti entre os povos do Ártico, era ainda usada para carregar crianças nas costas e protegê-las do frio, aproveitando o calor do corpo do adulto. 

O amauti era vestimenta comum tanto para mulheres quanto para homens e até hoje pode ser encontrado no Alasca, Labrador, Groenlândia e no norte canadense.

Com o passar dos anos, o casaco de inverno caiu no gosto popular, ganhou uma abertura na frente — antes era de vestir pela cabeça, como uma peça inteira — até tornar-se fashion nos anos 60. E com a evolução da indústria da moda, o item ganhou diversos modelos e estilos, sendo fabricada com os mais modernos materiais de isolamento térmico. 

A parka canadense mais famosa é a da marca Canada Goose, que desde 1957, produz roupas de inverno que resistem a um frio de rachar. Em 2019, as vendas da empresa totalizaram U$831 milhões, com um crescimento de mais 40% na receita. 

Em função de números assim, a fabricação de parkas no país anda na contramão das marcas que transferiram a produção para a Ásia para reduzir custos. 

Jean-Philippe Robert, dono da Quartz Co, uma confecção de Montreal especializada na peça, diz que “Os casacos produzidos aqui têm selo de qualidade — nosso know-how é reconhecido no mundo inteiro porque todos sabem que Canadá é inverno.” E o empresário completa: “Os canadenses fazem parkas como suíços fazem relógios”.

Mas a qualidade tem preço. Parkas de qualidade, em geral, variam de CAD$700 a CAD$1.500. A vantagem é que elas são mesmo uma garantia de um inverno quentinho e seco.

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Jornalista, radialista e podcaster, Já trabalhou pelo mundo afora, tanto na iniciativa privada quanto no setor público. Passou pela Fiocruz, ONU, BBC, governos estaduais e municipais, veículos de comunicação e campanhas eleitorais. E segue firme e forte, contando a história das pessoas.

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