Fim da farra: Canadá implementa mecanismo para verificar tempo de permanência de imigrantes e turistas no país

Durante anos, a farra imperou. O departamento de imigração do governo do Canadá simplesmente não tinha acesso aos dados computados pelo pessoal nas fronteiras, confiando sempre na informação fornecida pelo próprio indíviduo. As coisas, no entanto, começaram a mudar e a novidade deve impactar a vida de imigrantes, visitantes, estudantes e trabalhadores estrangeiros.

O novo sistema, chamado de Entry/Exit Program, foi implantado em fevereiro de 2019 nas fronteiras do Canadá com os Estados Unidos. A expectativa agora é de que até junho de 2020 entre em vigor também nos aeroportos.

O Entry/Exit despacha de maneira automática os dados do viajante que passa pela fronteira canadense para o IRCC (Refugees and Citizenship Canada) que pode assim verificar a veracidade das informações fornecidas pelas pessoas. Ele permite que o governo detecte casos em que um visitante tenha, por exemplo, abusado da hospitalidade, permanencendo no país mais tempo do que o permitido.

Na prática, aliás, a novidade será utilizada para quase tudo relacionado a estrangeiros, cobrindo desde a emissão e extensão de vistos de trabalho e de estudo até qualquer electronic travel authorization (eTA). E, por isso, os candidatos devem passar a ter mais cuidado com este tipo de dado porque o monitoramento apontará discrepâncias que poderão comprometer o processo e até gerar uma acusação de fraude.

O tempo é um fator importante para vários processos. Um imigrante permanente, por exemplo, precisa estar fisicamente presente no país por pelos menos 730 dias a cada cinco anos para não perder o direito à residência. Já para cidadania, o candidato precisa mostrar que passou pelo menos 1095 dias dos cinco anos anteriores no país. 

• Confira aqui a ferramenta que o governo disponibiliza para ajudar a registrar idas e vindas ao país.
• Mais detalhes em inglês no site da imigração canadense.