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Violência marca abertura da reunião do G20

Enquanto os líderes dos países mais ricos e das principais economias emergentes do mundo discutiam os rumos da economia global, manifestantes entraram em confronto com a polícia. Carros foram incendiados e houve muito quebra-quebra no centro da cidade.

Novamente grupos reacionários à reunião do G20 foram às ruas. Só que desta vez, eram ainda mais numerosos (fala-se em 10 mil pessoas) e os protestos terminaram em violência em vários pontos da cidade. Carros da polícia foram incendiados e na Yonge Street diversas lojas tiveram a vitrine quebrada. Havia pedaços de vidro espalhados por toda parte ao longo da avenida. Pelo menos 100 pessoas foram levadas para a delegacia.

O prefeito David Miller declarou em entrevista coletiva estar “chocado” e chamou os responsáveis pelos atos de violência de “criminosos”. “Nós fazemos questão de assegurar a todos o direito de protestar e de expressar sua opinião livremente. Em Toronto há protestos praticamente todos os dias em frente à prefeitura, mas todos pacíficos. Eu não me lembro a última vez em que tivemos algum registro de violência durante um protesto na cidade. Quem age dessa forma são criminosos que se aproveitaram do momento em que a cidade sedia uma reunião do G20 para cometer atos de vandalismo”, afirmou Miller.

Para o G20, quase um bilhão de dólares foram gastos em segurança.

A julgar pelo espanto e pelo sentimento de tristeza estampados no rosto de vários moradores de Toronto, percebe-se que, de fato, a população daqui não está nem um pouco habituada à violência. “Parece até um cenário de guerra”, dizia uma jovem ao caminhar pela Yonge St. “Meu Deus, a cidade está destruída”, exclamava uma outra.

De fato, depois que a multidão passou por algumas ruas do centro, deixou um enorme rastro de destruição. No fim do dia, o clima era de ressaca, como se um furacão tivesse passado por ali. Mas a reconstrução começou imediatamente. Já de noite, vários operários foram vistos colocando novos vidros nas lojas atingidas durante os protestos.

Apoio a pequenas e médias empresas

Paralelamente à tensão nas ruas, o Primeiro Ministro Stephen Harper lançou um projeto de financiamento para pequenas e médias empresas e anunciou o apoio do Canadá à iniciativa. A decisão foi tomada em conjunto com dirigentes de grandes empresas mundiais reunidos no encontro do G20. O projeto pretende criar empregos estimulando instituições financeiras e investidores privados a formularem propostas que facilitem o investimento privado em pequenas e médias empresas.

“As pequenas e médias empresas são o principal motor de geração de emprego não só no Canadá, mas no mundo inteiro. Essa iniciativa do G20 vai permitir que os países em desenvolvimento obtenham o investimento de que precisam para alavancar esses setores”, declarou Harper.

Os detalhes do projeto vão ser apresentados durante a próxima reunião do G20 em novembro na Coreia do Sul, mas os países que integram o G20 já se comprometeram a apoiar o financiamento público necessário para colocá-lo em prática.

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Julieta é curiosa, subjetiva e prolixa. É também contraditória o suficiente para admirar o que é simples. Não perde a oportunidade de puxar uma boa prosa, seja na fila do supermercado ou durante uma viagem de avião. Antes de tudo, se interessa por pessoas e pela origem das coisas. Desde os sete anos, quando seu pai comprou uma câmera vídeo, sonha em ser jornalista. O sonho a levou à Universidade Federal de Pernambuco, onde a recifense se formou em Jornalismo. Das brincadeiras com a câmera do pai, veio a paixão pelas telas e pela linguagem audiovisual. Começou na TV Universitária de Pernambuco, passou pela TV Alepe, TV Asa Branca (Caruaru/PE), TV Cultura e TV Globo Nordeste. Em 2008 se mudou para o Canadá, onde juntou sua experiência em televisão com a liberdade da internet. No OiCanadá, Julieta faz o que mais gosta e melhor sabe fazer: contar histórias.

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