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Futebol longe de casa

Em busca de “calor humano”, brasileiros que moram em Toronto se reúnem para acompanhar os jogos da Copa Libertadores da América.

Há um mês o técnico de informática André Bezerra e a dentista Flávia Rocha trocaram o Recife por Toronto. Para começar a nova vida, deixaram emprego, família e amigos, tudo pra trás… mas peraí, quase tudo: o amor pelo time do coração veio junto, dentro da mala. “A gente trouxe seis malas e os ´mantos sagrados´ não poderiam deixar de vir”, disse Flávia, se referindo às sete camisas do Sport que eles trouxeram na mudança.

É quase uma religião. Na geladeira de casa, o mascote do Sport Clube do Recife aparece ao lado da palavra “fé”. “Como a gente tá disputando a Copa Libertadores da América, que é uma competição muito difícil, é preciso ter muita fé pro Sport ser campeão”, explicou André.

E haja fé mesmo. Torcer à distância não é fácil. Acompanhar os jogos, só mesmo pela internet. “Pelo Sport eu faço qualquer coisa, mas sinto falta de ir pro campo, claro”, completou André.

Em busca de “calor humano”, não só o casal André e Flávia, mas também outros rubro-negros que moram em Toronto, acabaram criando uma versão canadense da Ilha do Retiro. Eles se reúnem no Vivid Lounge, que fica na Avenida Saint Claire e fazem a festa. “Eu acho que eles se identificaram com o lugar. Eu sou corinthiana, mas aqui todos os torcedores são bem-vindos”, disse a proprietária, a brasileira Fernanda Cortes.

Nesta terça-feira (05/05), vários torcedores se reuniram para acompanhar a partida do Sport contra o Palmeiras, pelas oitavas de final da Copa Libertadores. Quando o jogo começou, o clima no bar era de estádio de futebol mesmo: todos de olhos grudados no telão, roendo unhas, reclamando e aplaudindo com o coração a mil.

A torcida do Palmeiras estava representada por dois torcedores. O jogo foi tenso. O único gol da partida só saiu aos 30 minutos do segundo tempo, quando o Palmeiras fez 1 x 0, para alegria da tímida torcida palmeirense no bar e tristeza da maioria rubro-negra.

Na próxima terça-feira, os dois times se enfrentam novamente, valendo a classificação para as quartas de final. Desta vez, o Sport joga em casa e a torcida aqui em Toronto espera dividir o grito de “Cazá Cazá” com todos rubro-negros espalhados pelo mundo.

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Julieta é curiosa, subjetiva e prolixa. É também contraditória o suficiente para admirar o que é simples. Não perde a oportunidade de puxar uma boa prosa, seja na fila do supermercado ou durante uma viagem de avião. Antes de tudo, se interessa por pessoas e pela origem das coisas. Desde os sete anos, quando seu pai comprou uma câmera vídeo, sonha em ser jornalista. O sonho a levou à Universidade Federal de Pernambuco, onde a recifense se formou em Jornalismo. Das brincadeiras com a câmera do pai, veio a paixão pelas telas e pela linguagem audiovisual. Começou na TV Universitária de Pernambuco, passou pela TV Alepe, TV Asa Branca (Caruaru/PE), TV Cultura e TV Globo Nordeste. Em 2008 se mudou para o Canadá, onde juntou sua experiência em televisão com a liberdade da internet. No OiCanadá, Julieta faz o que mais gosta e melhor sabe fazer: contar histórias.

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