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Moedas canadenses de um centavo começam a sair de circulação

O penny, como é conhecida a moeda de um centavo de dólar canadense, deixa de ser distribuído pelo Royal Canadian Mint (responsável por produzir moedas do Canadá e de alguns outros países) a partir de hoje (04/02). Um dos principais motivos é o seu alto custo de fabricação.

Já se foi o tempo em que o penny servia para adquirir alguma coisa. Hoje em dia, até para comprar uma bala é preciso dezenas deles. Custa mais fabricar a moeda do que o seu valor de compra. O governo canadense gasta 1.6 centavos na produção de cada unidade, gerando uma despesa anual de $11 milhões. Segundo o Mint, as outras moedas (desde a de cinco centavos até a de dois dólares) custam menos que o seu valor nominal para produção e distribuição das mesmas.

O consumidor ainda poderá utilizar as moedas canadenses de um centavo, mas as lojas não terão a obrigação de recebê-las, o que deve tornar cada vez mais difícil o uso do penny. O Mint lançou um guia para orientar os comerciantes com relação à mudança. Na hora do pagamento, o valor calculado junto com os impostos que não terminar em zero ou cinco será arredondado para mais ou para menos. Por exemplo, se o preço final for $3.01 ou $3.02, deve ser cobrado $3.00. Caso seja $3.03 ou $3.04, passará a ser cobrado $3.05. No entanto, essa regra não é lei, e o estabelecimento pode arredondar da forma que quiser.

Quem quiser se desfazer de vez das moedas de um centavo de dólar canadense, pode trocá-las no banco. Todos os pennies recebidos serão encaminhados ao Mint, que deve derreter o material para a reciclagem.

O governo canadense anunciou o fim do penny em março do ano passado. Desde que foi aberto, em 1908, o Royal Canadian Mint já fabricou em torno de 35 bilhões de pennies, o suficiente para circular a Terra mais de 16 vezes se fossem colocados um do lado do outro.

Alguns países como Austrália e Israel já tiraram moedas de circulação pelo mesmo motivo. Em 2002, o Brasil modificou suas moedas de 50 centavos e um real em decorrência do aumento no preço dos materiais utilizados na fabricação, substituindo o cuproníquel e a alpaca pelo aço.

Com o fim da produção de pennies, o Royal Canadian Mint poderá aumentar a sua capacidade de produção em até 20%, possibilitando a fabricação de moedas de outras nações. Desde 2000, quando foi introduzida uma nova tecnologia de aço galvanizado mais barata e que dificulta a falsificação, o Canadá tem fabricado moedas para países como Panamá, Nova Zelândia, Barbados e Etiópia.

O penny deve se tornar agora objeto de colecionador, mas levará ainda muito tempo para que a moeda tenha um valor significativo, devido à grande quantidade que ainda pode ser encontrada. Recentemente, um exemplar raro de uma moeda americana de um centavo fabricada em 1793 foi vendida em um leilão na Flórida por US$ 1,38 milhão.

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Marcio Rollemberg é pernambucano e formado em jornalismo. Foi editor-chefe de um telejornal universitário, produziu documentários e trabalhou como repórter de TV no Brasil. Em 2005 mudou-se para Toronto e atualmente é um dos colaboradores de uma revista e de um canal de TV. Em 2011 juntou-se a equipe do OiCanadá, onde escreve matérias sobre Turismo e Variedades.

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