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Intercâmbio em Montreal: como fazer

Morar fora, conhecer outros lugares e culturas, aprender uma nova língua e voltar pra casa com muita experiência na bagagem e no currículo. Seja de 1 mês ou 1 ano, o intercâmbio é uma oportunidade de descobrir o mundo e um pouco mais sobre si mesmo. Se o destino for Montreal, ainda mais: a maior cidade da província do Quebec tem um pedacinho de cada canto do mundo nas ruas, nos cafés, nos parques e nas pessoas.

Estudar em Montreal é poder escolher entre o francês e o inglês para aprender e praticar no dia-a -dia. Essa é outra de suas características mais atraentes. Foi assim com a estudante Erika Neves, que fez intercâmbio durante seis meses em 2010, e com a designer de moda Aline Veloso, que está de malas prontas para uma temporada de estudo e trabalho.

Estudo, CAQ e despachante

Erika trancou a faculdade para aperfeiçoar o inglês em Montreal. Tudo começou com a escolha de uma agência de intercâmbio, que indicou uma escola que se encaixava no perfil dela. “Dentre as cidades de Calgary, Toronto, Montreal e Vancouver, escolhi Montreal. Eu não sabia nada sobre a cidade, mas, quando comecei a pesquisar, me apaixonei. Na época, estudava francês no Brasil e seria muito bom ir a um lugar que tivesse as duas opções de idioma”, lembra.

A agência ajuda no contato com a escola e, inclusive, com a homestay. Você vai receber uma carta de aceitação da instituição de ensino e, com ela, poderá dar entrada no visto de estudante. Mas o Quebec tem uma diferença no processo para quem vai ficar mais de 6 meses: o Certificat d’Acceptation du Quebec (CAQ), um documento emitido pela província aceitando você como estudante. As informações necessárias para a solicitação do CAQ chegam junto com a carta da escola, e a documentação está disponível no site Imigration Québec. Parece complicado, mas é um processo tranquilo para se fazer sozinho. Mais tranquilo ainda para quem, como Erika, opta por um despachante. “Contratei um despachante em São Paulo e enviei toda a documentação. Ele resolveu tudo e, em menos de 1 mês, já tinha meu visto em mãos”.

Estudo e trabalho com agência

Depois da graduação, a designer de moda Aline Veloso sentiu que havia chegado o momento de investir em um intercâmbio. “Minha ideia inicial era ir pra Europa estudar inglês e francês, mas, com a crise, desisti. Fui me interessando então pelo Canadá, principalmente por Montreal. A influência francesa na cultura quebequense deixa tudo mais charmoso e parecido com a Europa. Me apaixonei pela cidade e decidi que seria meu destino”.

A partir daí ela iniciou a procura pelo curso ideal. A ideia era fazer um intercâmbio que combinasse estudo e trabalho, e foi no site Languages Canada que ela encontrou as escolas de línguas reconhecidas pelo governo canadense e que concederiam um visto de estudo. “No começo, estava pesquisando por conta própria, mas acabei fechando com uma agência, que conseguiu um desconto e deu um bom apoio de informações”. Assim, Aline vai passar oito meses, quatro deles estudando inglês de segunda a sexta e, uma vez por semana, tendo aula também de francês. Os outros quatro são de permissão de trabalho, com a escola acompanhando o desempenho do aluno através de um questionário mensal. Mas atenção: ter um visto de trabalho não garante um emprego. O intercambista precisa correr atrás das vagas e fazer bonito na entrevista de seleção.

Valeu a pena!

Tanto para Erika quanto para Aline, a escolha da escola passou pela busca de opiniões de ex-estudantes. Aline consultou grupos de brasileiros em Montreal nas redes sociais, enquanto Erika se debruçou sobre o site da instituição: “Vi a estrutura da escola, a localização e se tinha um ‘sistema’ de interação entre os intercambistas. Minha escola diariamente preparava uma atividade, fosse ao ar livre, como um passeio no parque, ou uma saída para uma festa à noite”. Com os estudos no rumo certo, uma host family bilíngue e novos amigos de várias partes do mundo, Erika classifica o intercâmbio como uma experiência inesquecível.

E você, ficou curioso e quer saber como estudar em Montreal? Aqui vão algumas dicas:

  • Procure uma agência de intercâmbio. É possível fazer tudo por conta própria, mas uma agência consegue pacotes promocionais e facilita a vida de quem não tem tanto tempo pra cuidar de documentação. Uma dica é acessar o site da Brazilian Educational & Language Travel Association (Belta), que reúne as principais companhias brasileiras para cursos, estágios e intercâmbio no exterior.
  • Escolha escola e curso. Aqui você precisa decidir quanto tempo quer passar em Montreal, quantos dias por semana quer estudar e que tipo de curso deseja. Conversação, imersão, inglês para empresários, aulas dinâmicas e com programação fora da escola… O cardápio de opções é grande. A agência pode ajudar nesse passo, mas você pode pesquisar sozinho no site Languages Canada.
  • Escolha a hospedagem. Normalmente, quem faz intercâmbio opta por ficar em um homestay, já que morar com uma família estrangeira é uma boa forma de aprender mais sobre a cultura e o idioma do país. A escola já tem uma lista de famílias com as quais trabalha e o risco de o intercambista não se adaptar é pequeno. Se acontecer, a própria instituição de ensino providencia a troca de casa.
  • Separe a documentação. Para ser estudante com visto no Canadá é preciso ser aceito por uma escola. O primeiro passo, então, é verificar com a escola a lista de documentos e providenciar o que for necessário, do passaporte à tradução de documentos. A escola envia uma carta de aceitação pelo correio, e, junto com ela, um documento para a obtenção do CAQ, o certificado de aceitação emitido pelo Quebec. Somente com ele é possível ter um visto de estudante com mais de seis meses. Para estudar menos de seis meses, há cursos que não exigem visto específico e podem ser feitos com visto de turista. Para saber mais sobre o visto de estudante para o Canadá, acesse o site do Consulado-Geral do Canadá em São Paulo.
  • Exames médicos e seguro saúde. Para vistos acima de 6 meses, o governo canadense exige exames médicos feitos por um médico credenciado. O exame clínico é simples (verificação de pressão arterial, biometria e entrevista sobre hábitos) e fica completo com testes gerais de sangue, raio-x de tórax e coleta de urina. Ter um seguro saúde com o tempo de duração do intercâmbio é imprescindível, pois o atendimento pode custar muito caro: some consulta de emergência com exames e medicamentos que você chega a alguns milhares de dólares canadenses. Agências de intercâmbio muitas vezes já indicam alguma empresa de seguros. Só fique atento ao valor de cobertura e o que ele cobre. É sempre melhor prevenir do que remediar.
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Alinne é jornalista formada pela Universidade Federal do Ceará. Depois de 4 anos na redação de um jornal, escrevendo sobre cultura, comportamento e moda, parou tudo e veio para Montreal. A ideia era ficar 1 ano, mas quem consegue ir embora? Desde que chegou, fez cursos de extensão em fotografia, jornalismo e música nas universidades Concordia e McGill - e está sempre à procura de mais.

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