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Um ano em Toronto: O início de tudo

São muitos os impeditivos e, ao mesmo tempo, motivadores que nos levam a ir ou não para outro país. Botar no papel os prós e os contras pode ser um caminho; mas muitas vezes esse balanço acaba tornando as coisas mais complexas do que elas realmente são.

A decisão mais difícil é a própria decisão. Dizer “sim, eu vou!”, e começar a tomar atitudes pra que isso aconteça é tão importante quanto ficar planejando por muito tempo. Se não FIZERMOS coisas concretas que nos direcionem para que a viagem aconteça, corremos o risco de tornar o planejamento uma espécie de ilusão, onde aparentemente tudo está andando, enquanto que, na verdade, nenhuma atitude está sendo tomada de fato.

Ao mesmo tempo que o ser humano precisa de segurança, ele carece também de movimentos que o levem ao desconhecido. É assim e sempre vai ser.

Aos 27 anos, formado em Publicidade, empregado em um dos maiores grupos de comunicação do país, recebi uma proposta de aumento e promoção. Para muitos era o caminho certo a seguir, para mim era o alerta de que eu precisava sair da zona de conforto.

Resolvi que era o momento de viajar quando percebi que, aceitando o aumento, eu estaria me vinculando mais ao que tenho, estabelecendo outro padrão de vida e, no fim das contas, trocando meu sonho por alguns reais a mais no fim do mês.

Não se iluda: a ideia de ganhar mais e assim poder economizar é uma das maiores armadilhas. Pode ser que funcione, mas pra mim eu sabia que não ia dar certo.

Viajar sempre foi o meu sonho. Pegar a mochila e sair pelo mundo, conhecendo culturas, lugares, pessoas e, principalmente, a mim mesmo. Mas essa jornada em busca do autoconhecimento precisava de um pontapé inicial.

Sonhos

Comecei colocando um objetivo, e aqui é que vem um dos momentos mais delicados.

É normal querermos largar tudo e ir logo para outro país, trabalhar em qualquer coisa e viver de qualquer forma.

Evitando cair na armadilha da ansiedade, resolvi que iria estudar e trabalhar por um ano fora do Brasil, assim teria tempo de conhecer o lugar e, principalmente, ver se é o que eu esperava. A ideia de imigrar logo de cara é interessante mas às vezes não passa de um plano de fuga afoito, uma tentativa temporária de conforto que terá seu preço logo em seguida, quando a realidade vier à tona.

Assim, olhei os países que tinham essa possibilidade de Work & Study. Sem muita dificuldade optei pelo Canadá por diversos motivos: ainda não está contaminado de brasileiros, tem uma excelente reputação; economia, educação e segurança são amplamente conhecidos como pontos fortes do país, e porque eu gosto de frio (como todo bom gaúcho).

Com a decisão tomada bastava saber para qual cidade e depois disso começar a organizar os papéis pra dar início em tudo. Mas foi aí que algo interessante aconteceu.

Escolhi Montreal, pois como todo bom ansioso, iria cursar inglês e de cara já aprendia um francês. Então o pessoal da agência me alertou que, sim, essa era uma boa ideia, porém para conseguir trabalho em Montreal eu iria precisar de um francês básico para poder me dar bem. Não que isso fosse me impedir de conseguir emprego, mas por ser uma cidade bilíngue era mais lógico que o mercado procurasse pessoas bilíngues.

Me restaram duas opções, entre as iniciais: Vancouver ou Toronto.

Bom, cá estou.

Meu sonho de conhecer o mundo ainda está vivo e ainda quero morar fora do Brasil. Vou realizar ambos, mas é importante saber que, se realizadas aos poucos e de forma concreta, as coisas tendem a ter maiores chances de dar certo.

Começar aprendendo inglês de forma sólida, em uma cultura diferente e longe de casa vai me dar um gostinho de como é morar fora e – por ser uma cidade multicultural – conhecer o mundo.

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Endrigo Giacomin, gaúcho, 27 anos, publicitário e (assim espero) futuro psicólogo. Viciado em livros e chimarrão, resolvi que era hora de começar a realizar os meus sonhos; começando por um ano em Toronto, passando por uma nova faculdade, um mochilão pelo mundo e sabe-se lá o que mais pode surgir nessa busca incessante pelo autoconhecimento.

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