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Programa piloto de imigração da costa leste faz sucesso e vira opção permanente

Lançado em 2017 como uma ferramenta para atrair e facilitar a entrada de imigrantes para as províncias da costa leste do Canadá, o programa piloto da região Atlântica acaba de se tornar permanente. Entenda o sucesso do projeto e saiba como participar. 

O Canadá está sempre tentando encontrar maneiras mais eficientes de trazer estrangeiros interessados em morar no país. Em especial, há o desafio de atrair pessoal para áreas menos populosas, já que os imigrantes historicamente tendem a se concentrar nos grandes centros, como Toronto, Vancouver e Montreal. E, para isso, as quatro províncias do Atlântico (Nova Escócia, New Brunswick, Newfoundland e Labrador e Prince Edward Island) criaram uma nova rota.

O caminho tradicional da imigração tinha sido, até então, o de admitir candidatos que, depois de darem entrada no país, partiam para a busca de uma vaga de trabalho. Mas o projeto piloto conhecido como AIPP inverteu esta lógica. Nele, empregadores é que se candidatam, são aprovados pelo programa e abrem as suas portas para um estrangeiro que assim chega ao país já com emprego certo. E a nova fórmula se provou eficiente.

Retenção

De um maneira geral, o programa funcionou: vagas que estavam abertas há tempos estão sendo preenchidas, em especial nas áreas técnicas e das chamadas trades (NOC B) assim como nas ocupações classificadas como de nível intermediário (NOC C) — veja a lista de NOC (National Occupational Classification – Classificação Nacional de Ocupações) aqui.

Além disso, a retenção — um dos maiores desafios da região — chegou a níveis bem interessantes. Antes, as províncias até conseguiam atrair gente, mas era só passar a fase de aprovação que o pessoal fazia as malas e se mudava para os grandes centros de sempre.

Pra contornar esse problema, o AIPP passou a exigir que as vagas fossem pareadas com uma agência de serviços sociais que fica encarregada de elaborar e fazer funcionar um plano de assentamento para quem está chegando. E a estratégia funcionou: 74% seguem firmes após dois anos de imigração afirmando ainda que gostam do lugar, apreciam o baixo custo de vida e estão satisfeitos com o seu trabalho.

Distribuição por províncias

De 2017 pra cá foram quase 7.300 admitidos. O número ficou além do esperado por conta da pandemia, mas a expectativa do governo é que sejam admitidos 5.000 candidatos por ano. Do total, a Nova Escócia amealhou 43.7%, New Brunswick garantiu uma fatia de 39.3%, enquanto Newfoundland e Labrador ficou com 10%, com Prince Edward Island recebendo os outros 7%.

Espaço para melhorias

Segundo a avaliação feita pelo Ministério de Imigração, é preciso investir em um melhor vai e vem da comunicação e deixar mais claro os papéis de todos os envolvidos em um programa complexo como esse, em que há vários parceiros envolvidos desde o governo federal, passando por quatro governos provinciais, agências de serviços sociais, empregadores e até chegar aos imigrantes de cultura e perfis sempre muito diferentes.

Da mesma forma, há ainda o empenho em aprimorar o serviço de ajuda para que o recém-chegado se sinta em casa e possa crescer e se estabelecer sem maiores dificuldades, enquanto, na outra ponta espera-se facilitar cada vez mais a papelada pra oferta de vagas e espalhar entre os possíveis empregadores a possibilidade de contratação de imigrantes.

Como participar

A melhor estratégia para quem está interessado em imigrar pra esta área do Canadá é fazer uma busca na internet para localizar uma vaga, entrar em contato com o empregador e se candidatar a uma vaga. O empresário, mesmo que ainda não esteja habilitado a contratar através do AIPP, pode se interessar e entrar com a papelada. 

Outro caminho é entrar no site de cada uma das províncias e encontrar a lista de empregadores com vagas aprovadas por esse programa de imigração. Aqui você encontra, por exemplo, a lista completa das empresas contratando pelo AIPP na Nova Escócia.

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