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“Hora do Planeta” reúne uma multidão em Toronto

O centro da cidade foi o ponto de encontro de milhares de pessoas, que fizeram um alerta sobre as consequências do aquecimento global.

Ainda não tinha anoitecido quando o público começou a chegar à Nathan Phillips Square, em frente à Prefeitura, no centro de Toronto. Sinal de que a idéia, que surgiu em 2007 em Sydney, na Austrália, ganha cada vez mais adeptos no Canadá, que participa do evento pela segunda vez. Um palco foi montado na praça especialmente para acompanhar a “Earth Hour” ou “Hora do Planeta” com shows e muita música. A Organização Ambiental EcoSanity exibiu uma faixa com a mensagem “climate emergency”. O fundador da Organização, Glenn Macintosh, disse que o evento “não representa uma festa, mas sim uma situação urgente. Muita gente, principalmente em países subdesenvolvidos, está sofrendo e morrendo hoje por causa das mudanças climáticas”. Sobre o Brasil, ele disse que o maior desafio é proteger as florestas, “já que o dano é irreversível e o planeta precisa delas pra respirar melhor”.

Pouco antes das oito e meia da noite, a multidão fez contagem regressiva. E, num piscar de olhos, tudo se apagou por pelo menos uma hora. Nos prédios que ficam em torno da praça, apenas algumas luzes permaneceram acesas. No entanto, os shows não foram interrompidos. Isso porque a energia gerada para o palco foi fornecida pela empresa Bullfrog, que distribui energia limpa e renovável para três províncias do Canadá. A grande atração da noite foi a canadense Suzie Mcneil.

O comerciante Doug Meerthel trouxe os filhos pra participar do “apagão” no centro da cidade. “Se não cuidarmos do meio ambiente agora, são as crianças que vão sofrer as consequências no futuro”, disse ele. A filha dele, Tegan, de nove anos, parece ter entendido o significado do tão falado “aquecimento global”: “Pobres pinguins. Eles estão perdendo as suas casas, porque o planeta está ficando quente demais”, lembrou a menina.

No ano passado, durante a “Hora do Planeta”, a Companhia Elétrica de Toronto registrou uma queda de quase 9% no consumo de energia, redução equivalente a 434 mil residências com as luzes apagadas. Neste ano, o resultado surpreendeu: a economia foi de 15%. E não apenas Toronto ficou às escuras: 88 países, ou seja, cerca de 1 bilhão de pessoas aderiram à iniciativa do australiano World Wildlife Fund. Ficar no escuro durante 60 minutos foi a maneira encontrada de chamar a atenção do mundo para o aquecimento global, e mostrar que, para salvar o planeta, ainda há luz no fim do túnel. A assistente social Francisca Rocha acompanhou a “Hora do Planeta” com o marido e o filho, no centro de Toronto. Pra ela, o que aconteceu na noite do sábado 28 de março pode e deve se repetir todos os dias: “A gente tem que desligar as luzes, a televisão, o ferro de engomar, enfim, todos os equipamentos eletrônicos que não estiverem sendo usados. Eu mesma costumava desperdiçar muita água tomando banho e escovando os dentes, mas agora aprendi a mudar alguns hábitos. Se cada pessoa tiver uma atitude como esta no dia a dia, juntos, vamos fazer uma grande diferença”.

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Julieta é curiosa, subjetiva e prolixa. É também contraditória o suficiente para admirar o que é simples. Não perde a oportunidade de puxar uma boa prosa, seja na fila do supermercado ou durante uma viagem de avião. Antes de tudo, se interessa por pessoas e pela origem das coisas. Desde os sete anos, quando seu pai comprou uma câmera vídeo, sonha em ser jornalista. O sonho a levou à Universidade Federal de Pernambuco, onde a recifense se formou em Jornalismo. Das brincadeiras com a câmera do pai, veio a paixão pelas telas e pela linguagem audiovisual. Começou na TV Universitária de Pernambuco, passou pela TV Alepe, TV Asa Branca (Caruaru/PE), TV Cultura e TV Globo Nordeste. Em 2008 se mudou para o Canadá, onde juntou sua experiência em televisão com a liberdade da internet. No OiCanadá, Julieta faz o que mais gosta e melhor sabe fazer: contar histórias.

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