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Experiência

Desespero logo na chegada ao país

A jornalista Élida Rocha começa a dividir com os leitores do OiCanadá suas experiências de intercâmbio no Canadá.

Canadá é o lugar do estudante! Escrever esta constatação agora parece simples, mas quando cheguei aqui não foi tão claro assim.

Meu nome é Élida Rocha, sou jornalista no Brasil e vim ao Canadá fazer intercâmbio. Chegar aqui foi a realização de um sonho que sempre me acompanhou e que tem total ligação com a minha profissão. Ou seja, preciso falar bem o inglês pra continuar evoluindo na minha área.

Ao chegar aqui, me deparei com algumas situações curiosas, que quero compartilhar com você. Como nós (brasileiros) sempre achamos um “jeitinho” pra tudo, consegui me adaptar com a mesma rapidez com que me desesperei.

Usar esta palavra desespero parece exagero, mas é a que melhor descreve a situação, e sei de muita gente que sentiu o mesmo. A saudade bate, você sente falta de falar português, quer tirar dúvidas, mas tudo parece complicado, por mais simples que seja.

Pisei no Canadá com uma sensação maravilhosa, me comuniquei bem com o motorista e cheguei na homestay sem problemas. Minha host-mother me recebeu muito bem, cumprimentando-me com abraços e beijos (bem coisa de brasileiro) e isso me fez sentir ainda melhor. Quando ela sentou na cozinha e começou a mostrar o mapa de Toronto e a me explicar sobre o transporte, pedi pra parar. A cabeça doía tentando entender todas as coisas que ela falava e escrevia ao mesmo tempo. No final, ela me disse “não se preocupe, é fácil”.

Realmente foi fácil, porque adotei um dos nossos melhores ditados, aquele que diz: “quem tem boca vai à Roma”. No meu caso fui à Yonge Street. Cheguei na escola, após uma noite inteira mal dormida e quando escutei alguém falando português. Isso me trouxe algo tão bom, mas também me lembrou o quanto eu estava com saudades. Não teve jeito, me juntei com brasileiros.

Ouvi este mesmo relato de amigos do Japão, Venezuela, Coréia e por aí vai. Hoje, posso dizer com toda a certeza que você precisa falar o seu idioma, sim. Mas é claro, cabe a você também lembrar da quantia que está investindo para aprender inglês e fazer novos amigos. Não fique apenas com brasileiros, mas lembre-se que eles serão importantes.

Depois de uma semana o meu ritmo era outro. Eu já estava mais familiarizada com o transporte e principalmente com o mapa.

Lições da primeira semana:

  • Não se preocupe com a angústia que bate. Chore se sentir vontade, mas saiba que quase todos passam pela mesma situação e depois saem ilesos;
  • As pessoas aqui são prestativas, então você pode usar o “quem tem boca vai a Roma”, porque eles se esforçam bem pra entender;
  • Pode se juntar com brasileiros, pois seu cérebro precisa deste respiro. Mas não se acomode e saia pra fazer novos amigos sempre.
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Curiosa por natureza e apaixonada por arte desde os primeiros passos, Élida sempre quis descobrir tudo que tinha por trás dos grandes resultados. Como sua personalidade não é ficar num único ponto, o jornalismo foi como uma porta que se abre para o novo todos os dias. “Nunca nenhum dia é igual ao outro; sem contar que passo conversar sempre com gente nova e interessante”, diz Élida. Pós-Graduada em Comunicação Corporativa. Nove anos de experiência no mercado de Comunicação, atuando como editora em revistas e apresentadora em programa televisivo no estado de São Paulo (Brasil). Chegou ao Canadá em 2009 e agora escreve para OiCanadá contando toda a experiência que o Canadá tem lhe dado.

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