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Experiência

Conhecer lugares sem gastar dinheiro

Com certeza você já ouviu dizer que em Toronto as estações do ano são bem definidas. Eu cheguei aqui no verão, e este ano, tive sorte que não fez os 40° esperados em todos os verões. A cidade aqui é linda e você nem precisa andar muito pra apreciar a paisagem.

Acompanhando este ritmo de beleza, posso também falar da minha felicidade com o povo daqui. É claro que eu não vou te iludir, porque se você espera vir pra Toronto pra fazer amizade com canadense, olha… é mais fácil encontrar uma agulha lá no palheiro. Toronto é a cidade dos imigrantes e talvez por isso o povo seja mais paciente e educado. Os exemplos desta educação são vários. Muitas vezes eu entrei no ônibus e abri o mapa pra confirmar o caminho, quando, de repente, uma pessoa me perguntou pra onde eu queria ir e se poderia me ajudar. Quando me dei conta, o ônibus todo estava tentando encontrar o melhor caminho pra me informar. E sempre no final eles respondem: “não precisa agradecer porque há 20 anos eu passei o mesmo quando cheguei aqui”.

Não posso dizer o mesmo do atendimento nos restaurantes fast food. Aqui este tipo de restaurante realmente faz jus ao nome e as pessoas estão num ritmo tão acelerado que sempre se esquecem de dizer “bom dia” ou “bom apetite”. Conversamos outro dia sobre isso em aula e meu professor canadense nos explicou que o motivo pra este comportamento é que, como aqui é um país de imigrantes, e muita gente não entende direito o idioma, os atendentes não sabem se serão compreendidos ou não. Logo, eles se concentram apenas no pedido e quando finalizam já dizem sem demora: “next”.

Circulando por TO

Mas tirando estas situações, eu aproveitei a boa receptividade do verão e do povo pra conhecer o que a cidade tinha a me oferecer. E é muito fácil conhecer Toronto, porque o sistema de transporte daqui é integrado. Na verdade, você compra o Metropass (vendido nos metrôs, do tipo mensal ou semanal) e, com este cartão, você anda a cidade toda de ônibus, metrô ou streetcar (que é uma espécie de ônibus elétrico, com aparência dos antigos bondinhos).

Sem o Metropass, eu tinha duas opções pra pagar o transporte: poderia colocar as moedas em um recipiente ao lado do motorista (porque aqui não tem cobrador) e o motorista me entregaria o transfer para utilizar no metrô ou em outro transporte. Ou eu poderia comprar o ticket do ônibus em uma loja de conveniência e então depositar no mesmo recipiente. É muito simples. Eu optei por esta última opção porque eu não tinha troco para o ônibus, mas isso só aconteceu nos primeiros dias, logo comprei o Metropass porque queria conhecer tudo por aqui.

Com o cartão nas mãos, o primeiro lugar que fui conhecer foi o High Park, que fica próximo à estação do mesmo nome, com um espaço enorme pra correr, relaxar e ver animais. O parque é um ponto turístico muito bonito, e tem a famosa figura da Maple (folha símbolo do Canadá) desenhada em um jardim.

Aproveitando o Metropass, passei pelo Royal York Hotel, que traz pra cidade um toque especial. Não deixe de observar a King Street, que também vai deixar você boquiaberto. Outro lugar que fui visitar foi o Lago Ontário, que tem uma vista inexplicável.

Fazer estes passeios é ótimo pra praticar o idioma, porque a todo o momento você está com pessoas diferentes a sua volta. Também aproveitei estes passeios pra conversar com gente nova. Eu perguntava de tudo e também ouvia muito o que as pessoas estavam conversando ao meu redor. Posso dizer, com toda certeza, que é bem melhor do que só ficar em sala de aula.

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Curiosa por natureza e apaixonada por arte desde os primeiros passos, Élida sempre quis descobrir tudo que tinha por trás dos grandes resultados. Como sua personalidade não é ficar num único ponto, o jornalismo foi como uma porta que se abre para o novo todos os dias. “Nunca nenhum dia é igual ao outro; sem contar que passo conversar sempre com gente nova e interessante”, diz Élida. Pós-Graduada em Comunicação Corporativa. Nove anos de experiência no mercado de Comunicação, atuando como editora em revistas e apresentadora em programa televisivo no estado de São Paulo (Brasil). Chegou ao Canadá em 2009 e agora escreve para OiCanadá contando toda a experiência que o Canadá tem lhe dado.

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