Saúde
Lei antifumo pode ter reduzido internações em Toronto
Estudo revela que a proibição de fumar em restaurantes da cidade pode ter resultado na diminuição de internação por problemas cardíacos e pulmonares em hospitais.
O estudo, publicado nesta segunda-feira pelo Canadian Medical Association Journal, pesquisou todos os efeitos da proibição do fumo em restaurantes que entrou em vigor em 2001 em Toronto, que visa reduzir a exposição ao fumo passivo. Este objetivo é considerado por pesquisadores um fator importante para a redução de problemas de saúde e morte prematura.
Confira os resultados:
- 17% de diminuição na taxa de hospitalização por ataque cardíaco.
- 33 % de diminuição nas taxas de internação por doenças respiratórias, como asma, pneumonia, enfisema e bronquite.
- 39 % de diminuição nas internações por doenças cardiovasculares em geral, como angina e derrame.
O estudo é observacional, e sugere que a proibição do fumo nos restaurantes tenha contribuído para o declínio substancial nas internações hospitalares para as condições estudadas, em Toronto. Mas o estudo não pode creditar apenas a proibição como responsável pelo declínio.
“Os resultados deste estudo são consistentes com o entendimento de que o fumo passivo possui efeitos prejudiciais à saúde e legitima os esforços para reduzir ainda mais a exposição,” disse a Dra. Alisa Naiman, autora principal do estudo. Segundo ela, “é esperada a morte de cerca de um bilhão de pessoas durante o século 21 como resultado de doenças relacionadas ao tabaco”.
O estudo analisou as taxas de internações hospitalares desde janeiro de 1996 a março de 2006. Os realizadores pediram mais pesquisas para determinar onde as proibições de fumo funcionam melhor.
Até agora, no Canadá, Vancouver está em processo de expansão da proibição de fumar ao ar livre, que inclui locais públicos como parques e praias.