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O que Toronto tem de diferente

Onde estão as padarias, bancas de jornal e pontos de táxi? E o cafezinho, virou cafezão! Rodrigo fala das principais diferenças entre Toronto e Brasil.

Meu post de estreia foi sobre o primeiro impacto ao chegar em Toronto. Hoje falarei um pouco sobre as principais diferenças que senti aqui.

A começar pelo café, pelo qual eu, como um bom brasileiro, sou apaixonado. Para os canadenses não é diferente. A todo momento você vê pela rua pessoas com copos na mão. Mas ao contrário do nosso tradicional cafezinho, aqui o café é bebido de uma só vez, em copos enormes, com até 420 ml. A bebida não costuma ser caseira, feita no coador, como o nosso. Aqui normalmente o café é comprado em umas das três ou quatro principais cafeterias, que possuem lojas em cada esquina, em cada shopping, resumindo, por toda parte.

É, o café aqui também é um pouco mais fraco. Quanto ao expresso, também muito famoso no Brasil, é encontrando com certa facilidade, mas não é tradicional aqui. Teve até uma vez que a própria atendente estranhou e me questionou indignada: “Mas é só isso, você vai querer mesmo assim?” rs.

Onde estão as padarias? Bancas de jornal? Pontos de táxi? Essas coisas também não são comuns aqui. Padarias até existem, mas em maior quantidade apenas na Dundas Street West, rua localizada na Little Portugal. Aqui os jornais ficam em pequenas máquinas próximas a pontos de ônibus, street cars e estações de metrô. Alguns é só passar e pegar, outros é preciso colocar umas moedinhas. As poucas bancas de jornal que vi, também ficam dentro das estações de metrô ou em shopping centers. Táxi, até tem alguns pontos em frente a hotéis e supermercados, mas tem tantos carros deste tipo passando pelas ruas que não é comum haver muitos pontos fixos.

As refeições não são tão diferentes quanto imaginei. Achei apenas um pouco mais saudável. Confesso que esperava encontrar bacon e ovos todos os dias pela manhã, mas não é bem assim. Pelo que percebi, o café da manhã é mais caseiro do que aquele a que estava acostumado no Brasil. Cereal, pão de forma, torrada, geleia, frutas, entre outras coisas. Já o almoço, como o próprio nome em inglês diz, é realmente um lanche (lunch). Em geral, sanduíches ou fast food, mas também não tão gorduroso, tem bastante opções um pouco mais saudáveis. Já para o jantar, pelo que vi no mercado, tem muita coisa pronta, é só esquentar no microondas. É comida tipo arroz, batata, frango, mas nada muito sofisticado. Refeição aqui costuma ser coisa rápida, seja no café da manhã, almoço ou jantar.

Estudos, leitura, literatura e conhecimento é levado muito a sério aqui. Há muitas bibliotecas espalhadas pela cidade, a maioria bem grandes, com computadores, WiFi, impressora, muitas mesas para estudo, bom atendimento e com grande frequência de pessoas de diversas culturas, como não poderia deixar de ser em Toronto. Agora mesmo eu escrevo este post diretamente de uma delas, a maior e mais moderna de todas, a Toronto Reference Library, na Yong Street (quase esquina com a Bloor), bem perto do metrô. Pode parecer uma sugestão estranha, mas se você está em Toronto, não pode deixar conhecê-la, mesmo que seja apenas de passagem.

Há muitas outras coisas que me chamaram a atenção aqui, mas para não estender demais o post, vou finalizar com os carros. Para quem é apaixonado por eles, Toronto é um lugar bem interessante. Não há carros 1.0, (pois o valor é bem mais atrativo do que no Brasil) e a maioria já vem bem equipado. Porsche, Camaro e Mustang Shelby, por exemplo, passam com frequência no trânsito, muitas vezes estão estacionados na rua mesmo. Os carros mais simples são do nível do Focus.

Ah, e os mendigos, digamos, não são bem mendigos, pois costumam estar com roupas limpas, de banho tomado, mas são muitos e por toda parte há um balançando um copo de café vazio, esperando por moedas.

E quando não há lugares preferenciais no transporte público, deixamos os idosos em pé? Aqui vale o mais belo bom censo.

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Rodrigo Schmiegelow, um jovem que veio da cidade de São Paulo para se aventurar e descobrir Toronto. Publicitário formado em 2009, no curriculo possui experiência como designer gráfico, criativo em agencia de comunicação, e, nos ultimos três anos, tem trabalhado na área de Marketing. Nas horas vagas investe seu tempo em uma empresa de e-business que começou com uma sócia de criação e desenvolvimento web.

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