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Mudança no teste de cidadania aumenta número de pedidos de naturalização negados

Em fevereiro desse ano, a produtora de TV Albina Usatov passou por um dos seus maiores desafios, segunda ela própria, desde que que deixou a Rússia e imigrou para o Canadá em 2007: se tornar cidadã canadense. Os requisitos são simples. Todos os imigrantes têm esse direito, desde que estejam presente em território canadense durante 1095 dias durante os quatro anos antes da data para a aplicação e não possuam nenhum histórico criminal. Mas o grande receio para Albina era não passar no teste de conhecimentos gerais do país.

“Lembro que quando compareci para fazer o teste, nos avisaram em voz alta que só poderíamos errar 5 questões de 20. Fiquei nervosa porque, além disso, o tempo era pouco”, diz Albina, se referindo aos 30 minutos que cada aplicante tem disponível para responder ao exame.

Para passar no teste de cidadania, é preciso responder a pelo menos 75% das questões corretamente. Tem sido assim desde março de 2010, quando o governo do Canadá substituiu o antigo exame, considerado mais fácil e onde era necessário acertar apenas 60% das perguntas.

Desde a modificação, o número de pessoas que tiveram o pedido de cidadania canadense negado mais do que dobrou. Em 2006, 3.872 pessoas foram reprovadas no processo de naturalização (1.4% dos aplicantes na época). Em 2010, esse número aumentou para 5.351 (3.5% dos aplicantes).

Em uma entrevista a um jornal do país, a porta-voz do Departamento de Imigração e Cidadania do Canadá, Nancy Caron, disse que “aumentando a nota mínima para passar no teste, os aplicantes são estimulados a demonstrar que realmente aprenderam e compreendem os direitos e responsabilidades da cidadania”.

Segundo o Departamento de Imigração e Cidadania do Canadá, o tempo de finalização do processo de naturalização gira hoje em média 20 meses. O aplicante também passa por uma breve entrevista com oficiais que avaliam o seu conhecimento de inglês ou francês, as duas línguas oficiais do Canadá. Caso seja reprovado no exame, ele é convocado para uma audiência com um juiz de cidadania, que irá tomar a decisão final do processo.

Albina conseguiu passar no exame. Ela acredita que tenha errado somente uma questão. A nota não é divulgada, somente se o aplicante foi aprovado ou não. “O teste em si não é difícil e nós temos tempo o suficiente para estudar. É só se dedicar, e praticar através de alguns sites na internet, que a aprovação está garantida”, aconselha ela, que vai se tornar cidadã canadense no final do mês.

foto: mars_discovery_district

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Marcio Rollemberg é pernambucano e formado em jornalismo. Foi editor-chefe de um telejornal universitário, produziu documentários e trabalhou como repórter de TV no Brasil. Em 2005 mudou-se para Toronto e atualmente é um dos colaboradores de uma revista e de um canal de TV. Em 2011 juntou-se a equipe do OiCanadá, onde escreve matérias sobre Turismo e Variedades.

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