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Antes do intercâmbio: passos para preparar uma viagem

A viagem de intercâmbio não começa ao entrar no avião para seu destino, ela começa muito antes com toda preparação que é necessária para que a viagem dê certo. Não é rápido e nem fácil, demanda bastante tempo e organização. Para quem está começando a pensar no intercâmbio agora, aqui vão alguns passos para se orientar:

1. Agência de intercâmbio

Antes de tudo, é preciso ir a uma agência pesquisar sobre destinos, opções de intercâmbio, valores etc. É até possível fazer o processo sem agência para sair mais barato, mas o preço que se paga é pelo serviço especializado. São elas que têm todas as informações para ajudar, que vão indicar as melhores escolas, vão fazer boa parte da burocracia e, principalmente, vão atender quando aparecem as dúvidas. O Google ajuda, mas na hora do desespero é melhor ter alguém especializado para resolver a questão e acalmar o intercambista sempre ansioso.

Pesquise agências, marque reuniões e faça orçamentos. Além das promoções, os preços entre elas não variam tanto, então vale escolher aquela que atendeu melhor e te fez sentir mais segurança. É muito importante fechar com uma agência confiável.

2. Escola

As escolas disponibilizam alguns tipos de programas para os estudantes, mas os 2 principais são o intensive e o semi-intensive. No primeiro, o aluno tem aulas o dia todo (geralmente de 9h às 16h) e no segundo o aluno só faz aulas pela manhã (de 9h às 12h/13h). O semi-intensive é bom para aqueles que já têm um nível bom de inglês e querem as tardes livres para passear.

Algumas das escolas tradicionais de Toronto são ILAC, ILSC, WTC, Connect e Kaplan. A maioria delas tem o horário parecido: pela manhã o aluno faz aulas básicas do programa de inglês (escrita, leitura, gramática), tem um intervalo de almoço e no período da tarde tem aulas eletivas no intensive. Além dessas, as escolas também têm cursos preparatórios voltados para os testes de inglês, como o TOEFL, IELTS e TOEIC.

A agência vai entrar em contato com a escola de sua preferência e, após a matrícula, lhe enviar a Letter of Acceptance, a carta de aceitação que possibilita o próximo passo.

3. Visto

Pacote fechado com a agência, escola escolhida e tempo que ficará no país definido, já é possível aplicar para tirar o visto canadense.

Caso o estudante não tenha passaporte ou um dentro da validade para o período do intercâmbio, antes de pedir o visto canadense, é necessário tirá-lo na Polícia Federal. Todas as informações podem ser encontradas aqui.

O visto canadense é, de forma geral, tranquilo de tirar, mas é demorado e um pouco trabalhoso. O lado bom é que, diferente do americano, não é preciso ir a São Paulo ou Rio de Janeiro para fazer entrevista e o consulado não é tão chatinho.

O aplicante deve preencher alguns formulários e questionários digitais, enviar o passaporte válido (e o anterior, se tiver) junto com duas fotos 3×5 coloridas. Além disso, é preciso enviar documentação financeira que comprove renda – como cópia de imposto de renda, contracheque, extratos bancários, etc. Se outra pessoa, que não o próprio estudante, for arcar com as despesas, deve-se preparar uma Carta Custeio.

Se a documentação for aprovada pelo consulado, o estudante vai receber um pedido de exames médicos. Além da consulta, é preciso fazer os exames de sangue e urina, além do raio-x do tórax nos laboratórios indicados pelo governo canadense. Depois disso, é esperar que os resultados dos exames sejam positivos e que o visto seja aprovado.

Lembre-se que se quiser viajar para os Estados Unidos durante o intercâmbio no Canadá, é preciso qualificar para o visto de múltiplas entradas, assim como ter o visto americano. Os preços do canadense podem ser conferidos aqui.

4. Passagem aérea

Muitas pessoas preferem comprar a passagem antes do visto porque acham que isso facilita a aprovação, já que é um comprovante de retorno ao país. Na verdade, se o estudante tiver toda a documentação correta, a passagem não é tão necessária, ficando a critério de cada um.

Para o Canadá, as principais companhias aéreas que saem do Brasil são Air Canada, American Airlines, Delta e Copa. Como American e Delta são dos Estados Unidos e fazem escala lá, é preciso ter o visto americano para isso (nem que seja o de trânsito).

5. Seguro de viagem internacional

O seguro viagem é obrigatório para intercambistas no Canadá. O sistema de saúde é público e gratuito para moradores, porém visitantes devem pagar pelo uso. A agência de intercâmbio provavelmente vai indicar algumas companhias, mas é bom pesquisar bastante antes de fechar. Esse seguro é caro e, caso seja necessário usá-lo no Canadá, pode dar muito trabalho se não for bem feito no Brasil.

É interessante considerar um pacote de seguro que cubra acidentes esportivos, pois patinação no gelo e esqui na neve são típicas atividades canadenses e não vale a pena perder uma experiência como essa por não ter o seguro adequado.

6. Dinheiro

Quando estiver chegando mais perto da viagem, será a hora de definir como o estudante levará o dinheiro necessário para se manter. A melhor e mais segura opção é o VTM – Visa Travel Money.

É um cartão de débito simples que você compra e recarrega em casas de câmbio e usa no destino sem pagar taxas. A única taxa que se paga é o IOF na hora da recarga, que é de 6,38%. Se for necessário sacar o dinheiro, existe uma taxa fixa de mais ou menos 2 dólares por saque.

É possível usar um cartão internacional do Brasil também, mas, nesse caso, a taxa vai depender da variação cambial do dia.

Para se ter uma ideia de quanto dinheiro levar, confira o post sobre valores para um intercambista em Toronto.

7. Mala

Para o Canadá, a permissão das companhias aéreas para o peso da bagagem é de 32kg. Cada passageiro pode levar 2 malas consigo, além de 1 mala de mão de até 5kg.

Como as estações canadenses são bem definidas, é importante considerar as temperaturas previstas durante o período da viagem. Em Toronto, a média de temperatura registrada por mês é a seguinte:

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Raisa Mendes é jornalista, metade brasileira, metade italiana e completamente mineira. Formada pela UFMG e com experiência na área de assessoria, marketing e social media, veio para Toronto para estudar e trabalhar.

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