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A vida no Canadá, lar da classe média mais rica do mundo

[NYTimes] A classe média canadense pode ser a mais rica do mundo, mas também sofre de certas ansiedades. Os membros da classe média no Canadá se preocupam em poder pagar uma faculdade para seus filhos e se eles vão encontrar um emprego depois de formados. Os custos de moradia são uma grande preocupação, assim como as despesas do dia-dia, que incluem transporte e conta de telefone. Os canadenses da classe média se preocupam com a desigualdade. No entanto, muitos também acreditam estar em uma situação melhor do que seus colegas americanos.

O rendimento médio no Canadá parece ter superado o rendimento médio nos Estados Unidos. Tal resultado baseia-se em mais de três décadas de pesquisas de renda internacionais analisadas pelo LIS e pelo The Upshot. Ainda recentemente, em 2000, o rendimento médio nos Estados Unidos foi significativamente maior. Os dados também mostram que as famílias de baixa renda no Canadá e grande parte do norte da Europa agora ganham mais do que os americanos.

Para termos uma ideia melhor de como estas tendências estão afetando os canadenses, realizamos uma entrevista com alguns membros da classe média. A maioria, é claro, não tem como comparar as suas experiências com as dos americanos, e foram rápidos em reconhecer isso. No entanto, em um mundo globalizado, as pessoas conhecem muito mais do que seu próprio bairro.

Em resumo, as entrevistas sugerem que muitos membros da classe média canadense preferem a situação do seu lado da fronteira.

Os canadenses não têm dúvidas de que eles enfrentam menos estresse financeiro em relação às despesas médicas do que os americanos. Muitos também reconhecem que os sindicatos contribuem muito com o valor de seus salários; o número de trabalhadores filiados a sindicatos é mais alto no Canadá. Os canadenses também sabem que o sistema imobiliário americano enfrentou mais crises do que o canadense.

“Nós conseguimos manter nossas casas”, disse Gregory Thomas, de 39 anos, ator e pintor de casas, que vive com sua esposa e dois filhos em Toronto. “Não vivo nos EUA, mas parece que a parte mais ambiciosa da classe média – aqueles que estão constantemente tentando chegar um pouco mais alto – foi realmente dizimada nos Estados Unidos”.

Gregory acrescenta: “Lemos sobre o Arizona, a Flórida, o Colorado, esses lugares onde o valor imobiliário só despencou. Isso não aconteceu por aqui.”

É possível que o valor das casas no Canadá enfrente algum declínio no futuro, o que poderia reverter as posições relativas da classe média. Mas muitas das outras forças que causaram o crescimento da renda da classe média canadense mais rapidamente são menos passageiras. Jovens adultos canadenses, por exemplo, são agora mais qualificados do que seus colegas norte-americanos.

Além das questões econômicas óbvias, como educação e moradia, os canadenses também notam as diferenças culturais que parecem afetar o padrão de vida.

“Nossos valores familiares são enormes”, diz Deborrah Mustachi, 52, assistente educacional na Catholic school board de Markham. Deborrah tem três filhos adultos com seu marido, William, 60, gerente de departamento em uma loja da rede Lowes. “Pelo que vejo na TV, tenho a impressão de que nos Estados Unidos não seja assim.”

Ela reconhece que sua impressão pode ter a ver com os programas a que assiste, como “Judge Judy”, mas ela está certa ao afirmar que a estrutura familiar nos dois países é diferente. Cerca de 68% das crianças americanas vivem com dois pais, enquanto cerca de 80% das crianças canadenses possuem essa mesma estrutura familiar.

A classe média canadense também parece ter uma imagem verdadeira das diferenças entre os ricos nos dois países: o rico americano ainda sai em grande vantagem sobre o rico canadense, segundo as pesquisas sobre rendimentos feitas pelo LIS, além de outros dados.

“Se você tem dinheiro nos Estados Unidos, provavelmente está melhor de vida do que se morasse no Canadá”, diz Kyle McGreal, 35, empregado de uma mercearia que vive com sua esposa e dois filhos em Caledonia, Ontário. “Mas muitos americanos ainda passam por dificuldades.”

Ou, como Gregory disse, os americanos “podem se sentir em vantagem quando fazem refeições (bem servidas e baratas) no Denny’s (uma rede de lanchonete bastante popular nos EUA), mas não sentem essa vantagem quando voltam pra casa.”

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Cinthia Ferreira é professora de português/inglês/francês e tradutora brasileira, residindo atualmente em Toronto, Canadá. Tradutora formada pela Universidade de Toronto especializada em: Marketing, Business, Turismo, Tecnologia e Documentação para processos de imigração como: Certidões de Casamento, Certidões de Divórcio, Atestados de Antecedentes Criminais, Certidões de Óbito, Diplomas, Documentos de Identidade, Históricos Escolares, Extratos Bancários, Cartas de Recomendação, Currículos, entre outros, nos seguintes idiomas: Inglês, Português, Francês e Espanhol. Professora de Inglês e Português formada em Letras, com mais de 10 anos de experiência em: Cursos Regulares ou Intensivos, Preparação para Teste de Cidadania Canadense, Preparação para exames de proficiência como TOEFL/IELTS, Preparação para exames da imigração CELPIP, MELAB e CAEL, Business English, Conversação, Gramática e Vocabulário através de cursos presenciais ou aulas online.

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