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Peameal Bacon

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Três delícias canadenses que você precisa provar

O Canadá não é conhecido como um destino culinário, mas há alguns itens que todo turista e imigrante precisa experimentar e que vão muito além do poutine ou do maple syrup. Conheça aqui três dessas delícias típicas do país e suas saborosas ligações com três cidades canadenses.

Toronto e o Peameal Bacon

A história do mais torontoniano de todos os pratos, o peameal bacon, remonta aos primórdios do século XX, quando a capital de Ontário era conhecida pelo apelido de Hogtown (em tradução literal, Cidade do Porco) justamente porque abrigava um surpreendente número de abatedouros de suínos.

Contam que, naquela altura, um tal de William Davies inventou a delícia, pegando um lombo de porco curado e rolando tudo em um bocado de farinha de ervilha seca para esticar o tempo de conservação do produto. Com o passar dos anos, porém, a ervilha deu lugar à farinha de milho que hoje tem a única função de dar um toque levemente crocante à carne que é bem mais magra e bem mais suculenta que o bacon.

Os canadenses curtem também assar uma peça inteira de peameal bacon, que é encontrado em qualquer supermercado da cidade.

Montreal e seus famosos Bagels

O bagel nasceu no centro da comunidade judaica no leste da Europa e veio para Montreal junto com imigrantes no começo dos 1900. Quem de fato foi o primeiro a produzir e vender o quitute em terras canadenses é difícil de dizer, mas a verdade é que na metade daquele mesmo século a charmosa cidade já estava dividida entre os adoradores dos bagels produzidos pela Fairmount e os amantes inveterados dos bagels que saíam do forno da St. Viateur Bagel.

As duas marcas, aliás, continuam operando nos dias de hoje. Cada uma delas tendo um número considerável de fãs ardorosos. Mas longe está o tempo em que o bagel era consumido apenas pelos judeus. Na década de 1970, muito influenciado pela produção em massa que tomou conta dos Estados Unidos, o peculiar item ganhou, enfim, a popularidade que merece do público em geral.

No entanto, há alguns segredos importantes para o sabor único do bagel típico de Montreal. A massa contém farinha de malte e não leva sal nem ovos. Ela é fervida em água com mel e enrolada a mão para depois seguir para um forno a lenha. Tudo isso dá ao bagel quebecois uma aparência mais achatada e irregular, além de um tom mais adocicado, bem diferente do seu maior rival — o bagel de Nova Iorque — e, em especial, daqueles empacotados pelas grandes fábricas de pão e que são vendidos em todo canto do Canadá.

O Nanaimo Bar da British Columbia

Nanaimo é uma cidade que fica na ilha de Vancouver e que virou sinônimo de sobremesa no Canadá ao batizar o Namaino bar. O doce tem pelo menos uns 70 anos de idade e é muito fácil de fazer, nem sendo necessário ir ao forno.

A receita tradicional tem três camadas. A base é composta por coco, nozes, cacau e uma dose de graham crackers quebrados. No miolo temos um creme amanteigado quase líquido. Depois vem uma cobertura de chocolate, dura e crocante.

Dizem que é essa mistura de texturas que faz da iguaria um sucesso. Mas o segredo pode morar no uso de um pó para preparo do creme do recheio, o Bird’s Custard Powder, que é o que dá a cor amarelada típica da camada do meio.

De todo modo, a Nanaimo bar é encontrada em vários cafés e supermercados do país — do Starbucks ao Wal-Mart. Mas dizem que o melhor é mesmo achar uma desculpa qualquer e ir visitar a cidade de Nanaimo que montou até um circuito gourmet para a degustação não só da receita tradicional como de várias versões mais moderninhas.

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