Experiência
Atividades de escolas de inglês estimulam aprendizado
Rodrigo Schmielow conta, em detalhes, como funciona a escola em que estuda inglês e fala do que gosta e do não gosta.
Estudo em uma escola de inglês muito boa, que tem unidades não só em Toronto, mas também em Vancouver, Calgary e Victoria, além de uma nos EUA e cinco unidades na Austrália.
Em média, as salas de aula costumam ter no máximo 14 alunos, dos quais: 40% coreanos, 30% japoneses, 20% brasileiros e 10% da China ou México.
As classes matinais, que são as principais aqui, têm dois blocos de aula, de 90 minutos cada, por dia. Todos os dias um dos blocos é voltado para conteúdos gramaticais com exercícios escritos, e o outro para a prática de conversação, jogos e atividades lúdicas. Todo dia a aula termina com a lição de casa.
O conteúdo dado não costuma ser muito diferente das escolas no Brasil. Mas o ritmo é muito mais intenso. Normalmente o que se aprende já começa a ser usado nas conversas extra-classe, o que é um dos maiores diferencias em se estudar no exterior. A cada dia, palavras que eu não conhecia passam a ser adicionadas ao meu vocabulário, agilizando a fixação.
O bloco de atividades práticas é bem interessante também, cada professor emprega as atividades que acredita serem mais interessantes. Têm muitos jogos e conversação em grupo, em dupla, pequenas encenações teatrais e apresentações. A única regra é fazer com que a turma interaja, pratique o que vem apreendendo, e que todos passem a se conhecer melhor.
Toda tarde tem uma atividade extra-curricular, que pode ser gratuita ou não. Elas são organizadas por um departamento específico dentro da escola e são muito boas para praticar inglês, conhecer a cultura local e outras culturas e fazer novas amizades. Atividades como ir a pubs, museus, jantares temáticos, cinemas, festas, clubes, passear em parques, assistir a partidas de hóquei, praticar esportes, etc. No meu primeiro mês na escola tinha um tipo de competição também, no intervalo da aula o instrutor passava nas salas perguntando quem gostaria de participar e na hora do almoço tinha algum jogo, cada sala acumulava pontos e no final a turma vencedora ganhava um jantar especial. Era bem interessante e divertido.
A única coisa de que não gostei muito na escola foram as aulas opcionais. Apesar de serem boas para treinar pronúncia, leitura, audição e também vocabulário, o conteúdo não é contínuo e muitas vezes elas não são supervisionadas. Em algumas tardes, quando eu sentava perto de alguém que não estava a fim de conversar, tinha que mudar de lugar para poder praticar.
Finalizo com uma discussão quanto à pronúncia de pessoas de diferentes nacionalidades. Eu procuro evitar brasileiros, primeiro para não falar português mais do que já venho falando e usando diariamente em casa e, segundo porque é muito mais fácil entender o sotaque e a pronúncia de alguém do seu próprio idioma e, acredito, os erros acabam passando despercebidos quando falamos em inglês.
Eu gosto de conversar com asiáticos, pois não temos a possibilidade de entender um ao outro em outro idioma que não o inglês e, assim, eles conseguem identificar mais meus erros. Porém muitos outros brasileiros que conheci aqui não gostam de conversar com orientais, dizem que assim aprendemos errado ou que é difícil de entendê-los por causa da pronúncia. Gostaria de mais opiniões a respeito.
Se você já teve experiência similar, de estudar inglês em Toronto, eu gostaria de conhecê-la. Saber se gostou, se teve o mesmo sentimento que eu quanto às aulas opcionais, etc. Deixe seu comentário!
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