Papelada
Novo programa de troca de dados na fronteira Canadá-EUA levanta questões para os imigrantes canadenses e gera polêmica
[CANADIAN IMMIGRANT] As autoridades canadenses anunciaram que um novo programa de troca de dados na fronteira entre o Canadá e os Estados Unidos vai permitir o compartilhamento de informações com mais departamentos de imigração sobre os viajantes que decidirem atravessar a fronteira entre os dois países.
O programa vai permitir que o governo canadense compartilhe detalhes com os Estados Unidos, começando neste verão, para todos que viajarem para a terra do Tio Sam, o que levantou questões de como isso pode afetar os imigrantes canadenses.
A nova lei “vai afetar a todos, quer seja você um estrangeiro, um cidadão canadense ou um imigrante”, diz Richard Kurland, analista de política de imigração.
O programa permitirá, entre muitas outras coisas, que os oficiais de fronteira combatam os chamados imigrantes fantasmas, que mantêm ilegalmente suas condições de residentes permanentes ao deixarem o país por longos períodos e retornando ao Canadá através dos Estados Unidos para evitar que sejam identificados. O Canadá exige que os residentes permanentes morem fisicamente no país por no mínimo dois anos dentro de um período de cinco anos, a fim de manterem seus status.
“É a ferramenta certa para o problema certo”, diz Kurland, mas o problema é que, para o que o programa funcione bem, as pessoas não podem saber quais são os dados compartilhados entre os países, o que viola os direitos básicos do consumidor. Como saber o que tem nesses computadores e se há algo errado? Se alguém cometer um erro na hora de digitar os dados no sistema, ou em outro momento, como ele será corrigido?