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Bactérias vs TTC – Quem sai ganhando?
Uma empresa especializada em limpeza hospitalar, a CleanSlate UV, testou as superfícies mais utilizadas no transporte público de Toronto e os resultados foram categóricos: o nível de bactéria presente é alarmante.
Armada com kits de testes que detectam a presença de trifosfato de adenosina (ATP) e que são comumente usados em hospitais e na indústria alimentícia para avaliar a limpeza de ambientes, a equipe testou a “carga biológica” de vagões de metrô entre as estações St. George e Union.
Testou também os quiosques de recarga do sistema Presto nas estações St. Patrick e Queen’s Park, onde aproveitou ainda para checar os níveis de bactérias presentes nos celulares de passageiros.
Os resultados classificaram as áreas em sete categorias de sujeira/limpeza conforme o número de RLUs — relative light unit ou unidade relativa de luz — encontrado:
- IMUNDO — Perigo: a superfície precisa de limpeza. Alto nível de possível contaminação com alto risco de transmissão de doença;
- MUITO SUJO — Perigo: a superfície precisa de limpeza. O nível de possível contaminação fica entre médio e alto e existe risco de transmissão de doença;
- SUJO — Alerta: a superfície precisa de limpeza e apresenta um risco mediano de contaminação e transmissão de doença;
- RELATIVAMENTE SUJO — Atenção: a superfície precisa de limpeza e há um relativo risco de contaminação e transmissão de doença;
- LIMPO — Nível de limpeza aceitável para o chão;
- BEM LIMPO — Nível de limpeza aceitável para alguns pontos mais complicados e que são tocados de maneira recorrente;
- ULTRALIMPO — Superfícies esterilizadas e áreas de preparo de alimentos.
Como era de se esperar, nenhuma superfície de suporte para passageiros chegou ao menos perto da categoria RELATIVAMENTE LIMPO. E isso faz sentido, afinal de contas, todo dia cerca de 1.5 milhão de pessoas usam o sistema público de transporte de Toronto, o TTC.
O campeão disparado em imundície foi também a área mais utilizada pelos passageiros para suporte: a parte vermelha de borracha dos postes metálicos centrais dos vagões de metrô, que chegou ao placar de 1467 RLUs.
Já o título de “menos pior” ficou com os puxadores fixos que pendem do teto no meio do vagão, e que simplesmente são menos acessíveis e, portanto, menos usados. Estas peças apresentaram 1/3 do volume de bactérias presente na borracha vermelha, mas mesmo assim ainda representam um considerável risco de contaminação (veja a tabela abaixo).
O mais surpreendente, porém, foi saber que os celulares ficaram em segundo lugar dentre as mais imundas superfícies, só perdendo para os postes principais. Um dos smartphones inclusive, passou dos 2300 RLUs.
Como driblar as bactérias
É impossível — além de perigoso — andar de metrô e não segurar nas barras. Mas alguns truques podem ajudar a manter distância das bactérias.
O primeiro deles é usar luvas — e sem se esquecer de lavá-las com frequência. O segundo é lavar as mãos ou limpá-las com um álcool gel logo após qualquer viagem via transporte público.
Recarregar o cartão Presto de maneira automática online também é mais “saudável” que usar as telas dos quiosques.
E vale a pena também higienizar o celular, em especial após usar o aparelho no sistema público de transporte.
Para higienizar o celular
Compre uma garrafa tipo spray, água destilada e álcool isopropílico 70%. Misture os dois ingredientes na proporção de 1:1 e aplique o resultado sobre uma toalhinha de microfibra, limpando, então, com delicadeza o aparelho, sem borrifar direto sobre a tela e sem lançar mão de lenços de papel para ter uma limpeza segura e barata. Se quiser mais praticidade e estiver preparado para investir mais, tente um sanitizador ultravioleta como o PhoneSoap.
Para ver o estudo completo, visite o site da CleanSlate.