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Embaixada do Brasil em Ottawa se movimenta para tentar repatriar brasileiros

Após a pressão de um grupo de brasileiros retidos no Canadá pela pandemia, a Embaixada do Brasil no país autorizou os consulados a divulgarem uma nota afirmando que já começaram a conversar com Brasília para viabilizar um ou mais voos de repatriamento.

As estimativas do número de pessoas tentando, sem sucesso, retornar para o Brasil varia. Há quem fale em cerca de 260 pessoas, mas pode ser que o total ultrapasse os 500. Dentre eles, há gente de todas as idades e status — avós que vieram ver nascimento de netos, pais e mães visitando filhos, estudantes, aposentados, crianças, famílias inteiras e também trabalhadores temporários.

Muitos afirmam ainda que estão passando dificuldades: perderam o direito ao trabalho e não têm como se sustentar por aqui, estão sem medicamentos importantes para a sua saúde e sem acesso a médicos ou devolveram seus apartamentos porque estavam preparados para voltar para o Brasil e, de repente, se encontraram sem teto.

Os brasileiros reclamam que em seus contatos com os consulados recebiam apenas a orientação de que pedissem dinheiro a parentes no Brasil para tentar voltar via Estados Unidos ou mesmo Europa. Mas, além do alto custo destes trajetos, a comunidade aponta para a dificuldade de se conseguir o visto americano e a insegurança diante da possibilidade de novos cancelamentos afetarem as conexões, deixando-os presos em um outro país, sem conhecidos, sem dinheiro ou domínio de língua.

As autoridades brasileiras no Canadá estavam também pedindo que interessados em possíveis voos de repatriamento preenchessem um formulário online e a maioria garante que cumpriu direitinho o pedido oficial, sem, no entanto, receber notícia alguma de voos de repatriamento.

Agora há esperança de que algo de fato aconteça. Porém, é preciso notar que o anúncio oficial divulgado pelos consulados é bastante cauteloso, pontuando que estão apenas no estágio de “verificar a possibilidade” desses voos de retorno ao Brasil.

Na outra ponta, existem também mais de 200 brasileiros tentando fazer a rota inversa. São pessoas que estavam de mudança pronta ou de férias no Brasil e que também estão sem ter como vir para o Canadá.

Fernanda é carioca, publicitária, desenvolvedora web, co-fundadora e editora-chefe do OiCanadá. Imigrou para o Canadá no final de 2006 e se tornou cidadã canadense em 2011.

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