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Imigrantes se formam mais em universidades e faturam mais que canadenses
Segundo o levantamento da Statistics Canada, quem chega ao país com menos de 15 anos tem duas vezes mais chances de viver numa família que aperta o cinto para sobreviver, mas tem também uma maior probabilidade de conquistar um diploma universitário e, em última instância, de obter sucesso sócio-econômico.
Os dados são de 2018 e mostram que 70% dessas crianças filhos de estrangeiros partem pra universidade enquanto a média canadense fica em 56%. O único tipo de imigrante que fica atrás do pessoal aqui nascido são os refugiados, com 51%.
E essa diferença de escolaridade se transforma, mais tarde, em salários melhores. Aos 30 anos de idade, a média anual dos canadenses fica em torno dos 41 mil dólares, com as crianças imigrantes faturando quase 30% a mais — chegando a 52 mil por ano. Outro aspecto interessante é a presença de um maior número de mulheres imigrantes nos bancos acadêmicos: 74% contra 65% dos imigrantes do sexo masculino.
Em 2016, o censo detectou também que cerca de 2,2 milhões de crianças abaixo dos 15 anos de idade haviam nascido no exterior ou eram representantes de uma segunda geração de imigrantes, com pelo menos um dos pais sendo estrangeiro. Esse volume corresponde a 37,5% da população canadense desta faixa etária, mas tem tudo para aumentar. De acordo com a Statistics Canada, se o compasso continuar o mesmo, a previsão é de que esta fatia chegue à casa dos 49% em 2036.