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Experiência

A difícil procura por um quarto para alugar

Ou é pequeno demais, longe demais, caro demais. Há sempre algum defeito. Encontrar o quarto “ideal” em um apartamento compartilhado é uma missão que exige paciência e persistência. Rodrigo Schmiegelow conta como encontrou o seu room e dá dicas para que você encontre o seu.

Minha maior intenção com a mudança para um quarto (que pode ser em uma casa de família ou apartamento compartilhado) era economizar. Consegui o que queria, mas pagando por um quarto bem simples.

Já em minha segunda semana em Toronto, tive que dar uma resposta para os donos da homestay onde fiquei hospedado em meu primeiro mês, como falei no post anterior, Uma decepcionante experiência de homestay. Foi quando comecei a procurar outro lugar para ficar. O tempo foi apertado, deveria ter começado antes, mas, por sorte, deu tudo certo.

Minhas buscas começaram pela internet, como não poderia deixar de ser. Fucei sem saber quais eram os principais sites de classificados aqui de Toronto e acabei encontrando estes:

  • EasyRoommate
    É precisa ter um cadastro para ter acesso. Eles oferecem alguns dias de consulta grátis, tem boas ofertas, mas é pago.
  • Kijiji
    Muito bom também, mas acabei descobrindo-o tarde demais. #fail.
  • Sublet
    Tem muitas opções, mas é um tanto confuso e não me senti seguro navegando nele.
  • Couchsurfing
    Link direto da comunidade sobre quartos e apartamentos compartilhados em Toronto. Na verdade não é um site de classificados, é uma rede social voltada a quem gosta de viajar e conhecer pessoas. É gratuito, mas é preciso fazer um cadastro. Aconselho para todos que pensam em sair do país. É muito interessante. Tem reunião semanal em que as pessoas te dão dicas sobre a cidade e há comunidades que podem ajudar em diversos aspectos.
  • Craigslist
    Principal site de classificados em Toronto. Eu até já conhecia, mas para outras coisas, não tinha caído minha ficha que nele também encontraria quartos, apartamentos, homestays, etc.

A minha ideia inicial era continuar na homestay, mas contratando o serviço diretamente, o que já diminuiria o valor mensal de C$750 (valor pago quando o serviço é contratado via agência de intercâmbio) para um valor entre C$450 e C$600, sem falar na vantagem que a casa fica perto do centro da cidade e que o valor incluiria algumas refeições e também internet.

A saga

Mas diante da minha decepcionante experiência na homestay, foi então que os quartos despertaram a minha atenção, já que os valores são mais atrativos, mesmo com menos “vantagens” do que a homestay. A média estava entre C$350 e C$550, também variando de acordo com a distância do centro de Toronto e com o que estava incluso, como internet, móveis e equipamentos para o dia a dia. Encontrei alguns quartos interessantes, enviei e-mail e fui conversando com os que me respondiam.

Chegou a parte mais difícil: visitar os apartamentos. Além de ser difícil conciliar os horários, às vezes o quarto não era o que eu esperava. Sem falar que, depois de um mês em Toronto, meu inglês já estava melhor, mas ainda não conseguia compreender tudo. Quando a casa era de estrangeiros, confesso que a conversa por telefone não foi muito fácil, e foi aí que comecei a perceber mais os diferentes sotaques.

Sem privacidade

Marquei a primeira visita, a casa ficava em uma região muito boa, perto da escola. O dono era Filipino (de novo rs), a casa era bem organizada, limpa, o quarto aconchegante, tinha armário, janela, panelas, etc. Só um problema: o quarto não tinha chave e a porta de correr era um pouquinho menor do que o espaço feito pra ela. O preço era bom, C$400, e eu iria economizar no passe do metrô. Para saber mais sobre o metropass veja os posts Como funciona o transporte público em Toronto e Publicitário ganha carona de boas-vindas.

Longe demais

A segunda casa era de uma família indiana. O valor era o mesmo, C$400, mas a distância era bem maior, bem maior mesmo. Para chegar lá era preciso descer em uma das últimas estações do metrô (sentido norte), a York Mills Station, e ainda pegar um ônibus. Também foi bem difícil a conversa por telefone, pessoalmente até que foi mais fácil. O apartamento tinha quatro quartos, os donos moravam com uma inquilina e estavam tentando alugar os outros dois. Era bem simples e, aparentemente, tinham acabado de se mudar para o local, ainda não tinha muita mobília, e no quarto que me ofereceram o colchão estava no chão. Não gostei muito.

Bingo!

O terceiro local que visitei foi o último. O valor já tinha me atraído completamente: C$300 por um quarto perto do centro e com internet inclusa. O proprietário chinês e muito atencioso me mostrou o basement compartilhado, que aqui é chamado de apartamento, mas pra mim isso não é apartamento. Decidi alugar.

Tenho o meu quarto, bem simples, apenas uma cama, cabides em um cano, algumas araras penduradas na parede, uma mesinha e uma cadeira que fora um dia de alguma cozinha. Sem janela, o que no começo achei que não seria problema porque ficarei pouco tempo, mas depois de duas semanas, já comecei a sentir muita falta.

Os outros dois quartos são ocupados por dois homens que trabalham em Toronto, um irlandês, e o outro é um técnico de informática da Eslováquia. Comprei algumas coisas básicas de cozinha e divido as panelas com eles.

Apesar de a cozinha e o banheiro serem compartilhados, é bem tranquilo, ninguém mexe nas coisas de ninguém e a pouca bagunça que fica o dono, que mora na casa acima do basement, ajeita duas vezes por semana.

Nem tudo é perfeito

Além da falta da janela, outra coisa de que sinto falta é de conversar mais em inglês, pois é bem difícil encontrar qualquer um dos três aqui.

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Rodrigo Schmiegelow, um jovem que veio da cidade de São Paulo para se aventurar e descobrir Toronto. Publicitário formado em 2009, no curriculo possui experiência como designer gráfico, criativo em agencia de comunicação, e, nos ultimos três anos, tem trabalhado na área de Marketing. Nas horas vagas investe seu tempo em uma empresa de e-business que começou com uma sócia de criação e desenvolvimento web.

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