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Em busca da homestay ideal – Parte 1 – Queijo Suíço

[CAMILA TEIXEIRA CAPEL] Tenho 25 anos, paulista e mineira de coração, sou formada em Letras e Pedagogia e há cinco anos sonho em me aventurar pelo mundo para ter uma vivência maior com o inglês. Decidi que 2013 seria o ano em que o sonho sairia da imaginação e tornar-se-ia realidade.

Para isso, passei os últimos dois anos trabalhando exaustivamente e poupando o meu dinheiro, sempre sonhando com o país ideal. Escolhi o Canadá depois que um amigo me convenceu que neste país eu teria as melhores experiências e as mais variadas possíveis. Então, procurei uma agência que me atendesse de acordo com as minhas condições, esperei o frio canadense passar e embarquei.

Optei por pagar um mês de homestay, assim, eu me sentiria um pouco mais confortável ao chegar a Toronto. Sempre acreditei que a sorte me acompanhava, mas acredito que ela se esqueceu de embarcar comigo, pois ao desembarcar fui para a minha primeira “casa” e ao chegar encontrei uma casa linda por fora, mas com um cheiro horrível em seu interior. Pensei que todas as casas pudessem ter aquele cheiro de queijo suíço mais que estragado e perguntei para a minha amiga equatoriana que dividiria o quarto comigo, mais conhecida como minha roommate, se aqui todas as casas teriam este problema, mas ela também não sabia.

Resolvi que não mudaria de homestay só por isso, já que a minha roommate era uma boa pessoa. Porém, depois de uma semana na casa, um acontecimento marcou minha chegada ao Canadá. O filho adolescente da homestay decidiu que o mundo acabaria em cerveja e bebeu durante toda a madrugada, em plena segunda-feira; ele tocou piano as quarto da madrugada, correu pela casa, e para piorar, ele se esqueceu de fazer suas necessidades fisiológicas no banheiro e fez em pleno corredor, onde algumas horinhas mais tarde eu, inocentemente, andaria de meias.

Recolhi todos meus pertences, saí da casa com a minha roommate dando as mais altas gargalhadas, pois isso só aconteceria com duas pessoas muito azaradas. Então, fomos até a escola para relatar o caso. Conversei com o meu consultor na escola sobre o que havia acontecido, mas ele me pediu pelo menos duas semanas para encontrar uma nova homestay. Então, disse que ele teria que providenciar esta casa em três dias ou eu iria dormir no hall da escola. Fiquei durante todo o dia fora de casa acreditando que o menino iria limpar o piso, já que eu supostamente teria que ficar lá mais alguns dias. Quando voltei para a casa ninguém havia limpado o chão, imagine o cheiro que estava no meu quarto, e como já era tarde resolvi que dormir seria a melhor solução.

Porém, durante a noite o alarme de incêndio começou a tocar de uma em uma hora. Assim que amanheceu fui a escola para falar de novo com o consultor só que desta vez eu estava com “sangue nos olhos” e disse: “Você precisar achar uma casa para hoje à noite ou virei dormir aqui mesmo, porque minhas coisas já estão arrumadas!”. Inexplicavelmente, encontraram uma casa em uma hora e me mudei no outro dia pela manhã.

Depois de carregar duas malas pesadas debaixo de chuva, perder-me dentro do metrô e nas ruas por quase duas horas, eu e a minha roommate, encontramos o nosso “lar”. Ficamos estáticas em frente à casa, pois iríamos morar temporariamente em um palácio Grego.

Aí, acredito que a sorte mesmo que atrasada tenha embarcado em algum voo e me encontrado novamente. Continuarei a descrever a segunda homestay no próximo artigo, já que ela merece um destaque especial e só para ela.

Até breve!

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