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Em busca da homestay ideal – Parte 3 – Mais que bom, bonito e barato

[CAMILA TEIXEIRA CAPEL] …Encontrar um quarto não é uma tarefa muito fácil quando se tem um inglês mequetrefe, como o meu, e pouco dinheiro; porém posso garantir à vocês que a minha sorte resolveu me dar uma mãozinha. (Leia antes as partes 1 – Queijo Suíço, e 2 – Castelo Grego)

Por isso, eu e uma amiga resolvemos nos unir. Decidimos que iríamos nos encontrar todos os dias na cafeteria Tim Hortons, depois de nossas aulas, para começarmos as nossas buscas. Procuramos muito nos sites: kijiji.ca e craigslist.ca, no jornal 4rent e também falamos para todas as pessoas que precisávamos mudar e com urgência.

Tínhamos apenas dezoito dias para encontrar um lugar que fosse bom e barato, por isso, dividimos as nossas tarefas. Eu procurava e anotava todos os lugares interessantes e minha amiga ligava ou mandava mensagem.

Um dia marcamos de visitar dois apartamentos. Quando fomos ao primeiro apartamento nos deparemos com um pequeno espaço vazio e sem móveis. O condomínio deste prédio tinha uma biblioteca maravilhosa, uma academia, piscina aquecida e um salão de jogos. No entanto, para morarmos neste lugar teríamos que comprar todos os móveis e todos os utensílios de cozinha. Enfim, o apartamento era bonito, mas não barato.

O segundo apartamento era um lugar minúsculo e chamado de quarto. O espaço nomeado de quarto era tão pequeno que mal caberia uma pessoa, quem dera duas! Saímos deste apartamento desoladas. Quando chegamos a nossas casas, porque morávamos em casas diferentes, nos ligamos e quase choramos pensando que teríamos um longo caminho a percorrer. Pensei em desistir e pagar mais alguns dias para a homestay.

Porém, no dia seguinte, nos encontramos novamente no mesmo lugar e dessa vez tínhamos mais uma amiga brasileira nos ajudando. Passamos em média quatro horas neste lugar procurando um quarto que fosse do nosso gosto e que caberia no nosso bolso. Usamos os mesmo métodos de antes, procuramos no craigslist e saímos de lá com mais três lugares em vista e um deles iríamos visitar no outro dia pela manhã.

Logo cedo, fomos ver este apartamento e nos encontramos com o dono da casa, Luid, com quem até então somente tínhamos nos comunicado em inglês. Porém, assim que chegamos descobrimos que ele, assim como nós, era brasileiro. Inesperadamente, nos identificamos e amamos o apartamento! Além disso, o apartamento era novo, eu teria um quarto só para mim, a sala era aconchegante e eu conviveria com um casal que já estava aqui há muitos anos. Cada uma ficou com um quarto, sendo os quartos mobiliados.

Deixei o apartamento com o sentimento de que tinha encontrado uma luz no fim do túnel. Combinamos o preço e iria pagar em dois dias, quando encontraria a namorada de Luid, e me apresentaria. Eu sabia que se ela não me aprovasse o negócio não seria feito e eu teria que começar minhas buscas todas novamente.

E hoje por sorte somos não só roommates, mas os considero meus amigos e minha família aqui. A família da minha amiga está vindo nos visitar e para mim parece que já conheço esta família há anos e também fico ansiosa aguardando sua chegada. Posso garantir que a minha sorte realmente embarcou e veio me encontrar, já que hoje me sinto como se estivesse em minha cidade natal.

Encontrar uma casa que seja boa, bonita e barata era o meu primeiro objetivo, porém hoje acredito que não encontrei só isso. Encontrei afeto, carinho e companheirismo. Dividir casa com pessoas que lhe ajudam e estão contigo nos melhores e nos piores momentos faz toda a diferença!

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