Siga-nos

OiCanadá

Notícias

Vem aí o verão canadense mais quente da história

O aquecimento global tem mostrado suas garras, trazendo temperaturas e condições mais extremas. Soma-se a isso a expectativa de ação do El Niño e tem-se, então, a previsão de que 2019 registre o verão mais quente da história!

O El Niño ocorre quando a temperatura das águas do Oceano Pacífico na região equatorial da Ásia sobe, criando correntes de água que seguem em direção ao litoral oeste da América do Sul. Essa movimentação gera uma batalha entre o mar e a atmosfera, com um alimentando o outro, em um fenômeno que pode durar de um a três anos anos e produzir secas, inundações, vendavais, fortes tempestades e calor capaz de iniciar e propagar incêndios em matas.

Este ano, o El Niño já é uma realidade, mas os cientistas o consideram até agora fraco e seguem acompanhando sua evolução. Mas independente do El Niño, o tempo no Canadá tem se mostrado cada vez mais quente, mais molhado e mais estranho.

As empresas de seguro, por exemplo, analisam os dados anuais desde 1961 e publicam a cada ano um índice do clima, o Actuaries Climate Index. Este relatório é usado pelo setor para definir o risco e, em última instância, o preço de suas apólices e tem revelado um aumento vagaroso e gradual de situações extremas — termômetro acima dos 30°C ou abaixo de -15°C e chuva ou neve em grande volume.

O departamento federal que estuda meteorologia e meio-ambiente no país, o Environment Canada, aponta que, na média, as temperaturas de verão subiram um grau de 1970 para cá, enquanto a precipitação registrou um aumento de 5%.

Mas o que mais preocupa nas grandes cidades são as ondas de calor. O asfalto, os prédios e a poluição de carros e indústrias criam o que os especialistas chamam de “ilhas urbanas de calor”.

Via de regra, um dia quente é compensado por noites mais frias. Só que isso não acontece da mesma maneira nos grandes centros. Nestes locais o calor passa a ser constante, dia e noite, e a vida fica mais difícil, principalmente quando as casas, apartamentos e locais de trabalho não foram construídos para este tipo de temperatura.

Quando o termômetro passa dos 31°C, as prefeituras costumam anunciar alertas, disponibilizando “cooling centres” para quem não tem ar-condicionado e pedindo que as pessoas evitem exercícios físicos ao ar-livre, mantenham-se bem hidratadas e chequem idosos, crianças pequenas, bebês, pessoas doentes e até seus pets. Só no ano passado, a cidade de Toronto emitiu 16 desses alertas.

Em outras partes do país, o calor traz ainda os incêndios em matas. Até a metade de agosto do ano passado a Colúmbia Britânica já havia registrado 566 incêndios e 29 ordens de evacuação que afetaram mais de 3 mil pessoas. O problema foi tão sério que a província declarou estado de emergência.

Para muitos brasileiros que visitam ou moram no Canadá, verões com temperaturas mais altas podem até ser bem recebidos. Mas fique ligado. Só em Quebec as autoridades registraram 93 mortes relacionadas ao calor de 35°C que assolou a província na primeira semana de julho do ano passado.

1 Comentário

1 Comentário

    Deixe uma resposta

    O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

    Mais em: Notícias

    Topo