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Novas medidas de combate à pandemia tornam mais cara a entrada no Canadá

Um conjunto de novas regras entrou em vigor no dia 22 de fevereiro. Agora, todo passageiro acima de cinco anos de idade, independente de sua cidadania, além de ter em mãos um teste negativo de COVID-19 feito no máximo 72 horas antes do embarque, terá ainda que fazer um novo teste assim que descer da aeronave. 

O teste pode ser apresentado como documento impresso ou eletrônico e deve trazer o nome do viajante, data de nascimento, nome e endereço do laboratório responsável, a data, o método do exame (PCR — o do cotonete — ou  RT-LAMP, feito através de amostra de saliva e já disponível em farmácias no Brasil) e, claro, o resultado.

O próximo passo será, então, se instalar dentro de um quarto em um dos hotéis aprovados pelo governo, e aguardar ali, por até três dias, até sair o resultado. As despesas desta hospedagem, claro, correm por conta do viajante.

Se der negativo, a pessoa está liberada para fazer 14 dias de quarentena no endereço que ela fornecer ao governo. Se der positivo, ela será encaminhada para uma instituição do governo, onde ficará pelo tempo necessário, até ser liberada pelas autoridades sanitárias.

Além disso, apenas quatro aeroportos estão funcionando para voos internacionais — os de Toronto, Montreal, Calgary e Vancouver. E quem precisa fazer uma conexão, tem que fazer este pit-stop em um hotel aprovado pelo governo federal na cidade de desembarque antes de poder seguir viagem.

O aplicativo ArriveCan

Outra obrigatoriedade é utilizar o aplicativo ArriveCan antes do embarque para fornecer seus dados de contato e as informações do seu voo, responder um questionário sobre sintomas e contatos recentes com a COVID-19 e apresentar também um plano de quarentena.

Depois, dentro do período de 48 horas após o desembarque, será preciso entrar no aplicativo de novo para confirmar que a pessoa está devidamente instalada no endereço fornecido e em isolamento. Dali em diante, é necessário responder a um questionário diário sobre sintomas.

Plano de quarentena

Já o plano de quarentena precisa indicar endereço, como o viajante se deslocará do aeroporto até este local, como fará para ter acesso a comida, material de limpeza e outros itens e como terá acesso a outros serviços essenciais, inclusive, atendimento médico em caso de necessidade. É preciso também deixar claro que o plano se encaixa na capacidade financeira da pessoa.

Quem estiver de quarentena em Calgary, Montreal ou Vancouver, deve fazer outro teste no décimo dia após a chegada usando um kit do governo para recolher sua própria amostra. Dependendo do resultado, a pessoa pode ser liberada da quarentena ou receber novas instruções. 

Hotéis credenciados

O número de hotéis credenciados para a estadia obrigatória varia dependendo da cidade de desembarque. Em Calgary, são apenas dois. Em Toronto, há 10 hotéis na lista.

Para fazer uma reserva e pagar pela sua hospedagem é preciso ligar entre 8 da manhã e 11 da noite (horário de Toronto) de domingo a domingo para 1-800-294-8253 (ligação gratuita de qualquer parte da América do Norte) ou 1-613-830-2992 (para fazer uma chamada a cobrar de qualquer outra parte do mundo) dentro do prazo de 48 horas antes da chegada.

No telefone, é preciso fornecer nome, data de nascimento e gênero de todos os viajantes, a data e cidade de chegada, dados de animais de estimação, informações sobre deficiências físicas ou outras necessidades especiais, além de endereço de email para o recebimento da confirmação da reserva, que deve chegar no máximo quatro horas após a ligação.

O custo desta estadia pode variar dependendo da província e inclui quarto, alimentação e traslado do aeroporto para o hotel, mas o governo avisa que a conta pode chegar a CAD $2.000,00 por pessoa.

Por fim, vale lembrar que as medidas (e seus custos) valem também para cidadãos canadenses, imigrantes com PR e pessoal com visto de estudo ou trabalho.

Fernanda é carioca, publicitária, desenvolvedora web, co-fundadora e editora-chefe do OiCanadá. Imigrou para o Canadá no final de 2006 e se tornou cidadã canadense em 2011.

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