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Canadá passa EUA e vira destino predileto de trabalhadores do mundo todo

A empresa BCG (Boston Consulting Group) pesquisa desde 2014 o fluxo de trabalhadores entre países e se surpreendeu com os resultados do seu mais recente levantamento: os EUA perderam para o Canadá a primeira colocação como destino predileto e o desejo de fazer as malas e mudar de país caiu pelo mundo afora, mas sofreu alta considerável no Brasil.

Em 2014, o Canadá era a terceira opção, com os Estados Unidos em primeiro lugar e o Reino Unido em segundo. Dois anos mais tarde, a situação já estava diferente, com a nação da rainha caindo para a quinta posição, onde hoje continua, e a Alemanha atingindo o segundo lugar, com o Canadá em terceiro. Agora, o Canadá garantiu a liderança, os Estados Unidos estão no papel de vice, a Austrália chegou ao terceiro posto e a Alemanha se encontra agora na quarta posição. 

De acordo com os respondentes, o Canadá atrai por ter se saído relativamente bem em relação ao controle da epidemia, contar com um bom sistema de apoio social e ter uma cultura mais aberta em relação a estrangeiros e minorias. 

Os interessados no país como destino de trabalho vão de A a Z em termos de nível de educação, com destaque ainda para a turma do mundo digital, o pessoal considerado “white collar” (posições administrativas) e ainda os jovens. E a cidade preferida por aqui é Toronto.

Os respondentes apontaram ainda que seu pouco interesse nos EUA tem tudo a ver com a resposta inconsistente do país à pandemia, a existência de políticas voltadas para o que acreditam ser um nacionalismo exacerbado e a sensação de que há um certo clima preocupante de instabilidade social por lá.

Interesse em queda

De um modo geral, as pessoas andam menos interessadas em mudar de país: considerando o mundo todo, o desejo existia em 2014 para 63% dos respondentes, caiu em 2018 para 57% e foi para 50% em 2020. No Brasil, no entanto, o caminho foi inverso. No estudo anterior, 75% dos brasileiros que participaram da enquete tinham interesse em se mudar para o exterior. Apenas dois anos depois, o número chega a 92%.

Mas os brasileiros não andam sozinhos na contramão do resto do mundo. Em ordem de interesse maior para menor, temos o Sudão, seguido pelos Emirados Árabes, Qatar, Tunísia, Brasil, Nigéria, Iêmen, Itália, Índia e Suécia — com estes dois últimos países mostrando claros sinais de preocupação dos seus cidadãos com a maneira como as autoridades resolveram lidar com a pandemia.

A pesquisa foi feita com 208.000 pessoas em 190 países.

Fernanda é carioca, publicitária, desenvolvedora web, co-fundadora e editora-chefe do OiCanadá. Imigrou para o Canadá no final de 2006 e se tornou cidadã canadense em 2011.

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