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Moradia

Mamma, I’m going to Toronto… Mas onde vou morar?

O intercâmbio no exterior é uma experiência única, e desejada por muitos de nós, brasileiros. Para que esse momento seja aproveitado ao máximo, entretanto, é necessário se planejar bem, e estar atento a alguns detalhes importantíssimos para o sucesso de sua viagem.

Um deles, e me atrevo a dizer, é um ponto crucial, diz respeito à moradia. Afinal de contas, se vamos passar semanas, meses ou, até mesmo, anos longe de nosso país, família, amigos e casa, temos que nos hospedar em um lugar que, no mínimo, nos traga alguma sensação de bem-estar, onde a gente consiga, de fato, se sentir em casa, não é mesmo?

Em geral, quem vem para Toronto para estudar inglês opta por providenciar sua estadia diretamente com a agência de intercâmbio, ainda no Brasil, e as opções mais comuns são as famosas “homestays”, ou casas de família, nas quais você mora com uma família local, tendo direito (normalmente) a duas ou três refeições por dia, dependendo do contrato que você fizer; ou as acomodações das próprias escolas, em geral compostas de quartos (suítes ou não) com cozinhas (e, em alguns casos, banheiros) compartilhadas entre os estudantes.

Tanto a homestay quanto as acomodações das escolas são ótimas opções. Nas acomodações tem-se a oportunidade de interagir e, é claro, fazer amizades com estudantes de diversas partes do mundo. Na homestay, você irá vivenciar o dia-a-dia de uma família, mas é importante ressaltar que, não necessariamente, uma família canadense. Isto porque Toronto é uma cidade multicultural, ou seja, com imigrantes de todas as partes do mundo! Sendo assim, as chances de você acabar numa casa de um italiano casado com uma filipina, por exemplo, são bem grandes! Ainda, assim, considero uma experiência muito válida, pois você terá a oportunidade de conviver com diversas culturas de uma só vez! Eu, por exemplo, fiquei as 4 primeiras semanas em Toronto numa casa de família, na qual o pai era canadense e, a mãe, filipina. Além disto, havia outros 5 estudantes, sendo 4 japoneses e 1 coreano! Ou seja, um grande mix cultural!

O estudante, normalmente, não pode escolher a família que irá recebê-lo, cabendo exclusivamente à agência de intercâmbio essa negociação. Em outras palavras, a agência entra em contato com a escola, que seleciona a família e, feito este trâmite, o estudante recebe um documento com as informações sobre sua hostfamily, como nome, profissão, quantos filhos tem, se tem animais de estimação, e-mail, dentre outros. Daí, você pode entrar em contato com sua hostfamily antes de viajar, e eu aconselho que você o faça, para já ter uma ideia de como eles são, e vice-versa. Não precisa escrever um testamento, mas sim um breve e-mail, se apresentando e comunicando sobre a sua chegada. É simpático e bem agradável!

Não aconteceu comigo, mas ouvi relatos de pessoas que, após alguns dias ou semanas em Toronto, ficaram descontentes com suas famílias ou casas, não por sofrerem algum tipo de maltrato, mas por não se adaptarem à casa ou à rotina da família, por exemplo.

Enfim, se algo parecido acontecer, você pode solicitar a troca de hostfamily diretamente em sua escola; este processo, entretanto, nem sempre é tão simples, pois depende da disponibilidade de famílias no momento, além de alguns outros fatores que podem variar de escola para escola.

Mas, calma, essa não é a única solução! Não se adaptando a sua moradia inicial ou (como foi o meu caso), querendo economizar uma graninha (as moradias das escolas e as casas de família tendem a ser mais caras), você também pode optar por procurar um local para morar por conta própria. Ok, mas como fazer isso?

Bem, no meu caso, a fonte principal foi a antiga página de classificados aqui do OiCanadá. Em sites de classificados, se você reparar, há diversos anúncios de quartos, basements (que são os porões das casas) ou apartamentos para alugar. Na América do Norte, a existência de basements é super comum, funcionando como uma segunda casa, quase sempre equipados com cozinha, banheiro uma mini sala e quarto(s), sendo perfeitos para casais ou grupos de amigos – dependendo do tamanho, podem abrigar várias pessoas confortavelmente. Os anúncios vêm sempre com o telefone da pessoa, então você pode ligar e fazer uma visita, para se certificar se o local está dentro das suas expectativas quanto a preço, localização, limpeza… Caso esteja alugando um quarto na casa de alguém, provavelmente irá dividir cozinha e banheiro com outras pessoas, então procure observar se esses vizinhos em potencial parecem ter um comportamento compatível com o seu (se são festeiros, organizados, barulhentos, calados, enfim, o que você considerar importante como regras de convivência). E, outro ponto essencial, uma vez escolhido o local para morar, exija um recibo quando pagar o adiantamento do aluguel (quase sempre vão te pedir para pagar o primeiro mês e, às vezes, 2 ou 3 meses adiantados ou uma taxa, que ficará retida com o locador até o final de sua estadia, para o caso de você causar algum dano ao imóvel). E combine a data de mudança, se possível, por escrito, no próprio recibo ou em um contrato! Em uma das minhas mudanças (nossas, na verdade, minha e do meu namorado), combinamos verbalmente a data com a dona da casa, e acabamos caindo numa furada, pois houve uma confusão no dia da mudança, de forma que o antigo morador não saiu da casa no prazo, e a conclusão foi: ficamos sem lugar para morar e fomos parar num albergue, onde tivemos que nos hospedar por três dias, até encontrarmos um novo local! Moral da história: previna-se!

Enfim, resumidamente, essas são minhas dicas sobre moradia em Toronto. Quer seja em homestay, acomodação da escola, apartamento, quarto ou qualquer outra opção, procure obter o máximo de informações que puder sobre o local de sua estadia para evitar surpresas e, com isto, contribuir para o completo sucesso de sua viagem.

Nota do editor: O blog OiCanadá não indica que contratos de aluguel e pagamentos sejam realizados à distância, devido ao grande número de golpes que são aplicados nessa categoria.

Lívia Campos é carioca, formada em Economia, e apaixonada por viajar. Estudou inglês em Toronto entre 2011 e 2012 e, atualmente, está no Brasil, trabalhando no setor de Telecom e aguardando a próxima oportunidade que a vida lhe reserva pelo mundo.

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